Geraldo Bubniak – Kleber Gladiador

NAPOLEÃO DE ALMEIDA

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Sem acerto com o Fluminense para trocar o Coritiba pelo clube carioca, o atacante Kléber voltou a Curitiba e já está treinando no CT da Graciosa, mas não deverá ser utilizado pelo técnico Eduardo Baptista. A diretoria ainda tenta compor uma solução para o caso, mas a primeira reunião acabou na negativa do jogador em rescindir amigavelmente seu contrato, válido até dezembro deste ano.

O Coritiba ofereceu rescisão imediata — algo já combinado quando o jogador saiu para negociar com o Flu —, mas Kleber se recusou. O jogador quer que a diretoria o demita, caso não pretenda mais contar com ele, e assim pague a multa da rescisão. Ou então ele ficará e irá cumprir o contrato, se nenhum outro clube se interessar. Com vencimentos acima dos 200 mil reais, Kléber se tornou um problema para o Coritiba. Com lesões sucessivas e a suspensão dupla dada pelo STJD no ano passado, aos 34 anos, Kléber atuou apenas 11 partidas nos últimos seis meses.

Em entrevista coletiva recente, o presidente Samir Namur falou sobre o caso. Afirmou que "Kléber tem o maior salário do Coritiba" e que "Os reforços que nós estamos trazendo ainda não chegaram nem perto do salário do Kléber, não chegaram nem na metade do que ele ganha". Ao liberar o atacante para negociar com o Fluminense, o Coritiba esperava aliviar a folha em quase 2 milhões de reais.

Kléber saiu do Coritiba de maneira conturbada. Avisou que queria negociar com o Fluminense e deixou o CT sem se despedir dos colegas. Internamente, deixou claro que não estava confortável em disputar a Série B. Não acertou valores com a equipe carioca e se viu obrigado a retornar a Curitiba.

Para atuar, ele precisa se recondicionar, num prazo estimado de cerca de 20 dias. Sem nenhuma outra proposta em vista, Kléber pode ficar no Coritiba mesmo fora dos planos de Eduardo Baptista. A aposta do jogador e de seu staff é de que, como o campeonato é longo, em breve ele será requisitado.