Era comum, há alguns anos, jogadores virem para nosso futebol para encerrarem suas carreiras, para ganharem aquela grana final. De nada acrescentavam, mas tinham nome e levavam muita grana dos nossos clubes.
Particularmente, não tenho nada contra profissional de outros centros (no caso de treinadores). Também, não tenho nada contra jogadores rodados. Contudo, sou favorável a que seja dada oportunidades aos profissionais formados em casa, tanto jogadores quanto treinadores.
O Coritiba vem sofrendo no Campeonato Brasileiro há muito tempo. São más campanhas realizadas e salvas de rebaixamentos no fim. Primeiro foi Marquinhos Santos, depois Tcheco. Neste ano, quando buscaram solução com o trabalho de Nei Franco, não deu certo e ele caiu. Mais uma vez a solução encontrada foi caseira: Pachequinho.
Faltando uma partida para o termino da competição e um ponto para a manutenção da equipe na elite, questiona-se: quem será o novo treinador do Coritiba para a próxima temporada?
Mais uma vez eu respondo da mesma forma: sempre serei favorável a profissionais formados em casa. Já pedi a permanência de Marquinhos Santos, a efetivação do Tcheco como treinador, oportunidades para revelações como Edison Borges ou até mesmo utilizar pessoas que gostam do clube, como Claudio Marques. Desta forma, se dirigente fosse, assinaria contrato com Pachequinho. Tenho certeza que ele fará um bom trabalho e bem melhor que qualquer forasteiro descompromissado com a causa coxa branca.

Mais um ano de aprendizado
O ano de 2015 poderia ser descartado pelo Paraná Clube. Nada de positivo se acrescentou na historia do clube. Como sempre, houve brigas políticas internas e graves problemas financeiros.
Começou a temporada com uma participação apagada no Campeonato Paranaense. Depois, o vexame de ser eliminado da Copa do Brasil pelo Jacuipense, um clube semiprofissional do interior da Bahia.
Mais uma vez, as disputas pelo poder, as confusões nos bastidores e as dificuldades de se fazer um time de futebol dentro de campo fazem com que o time não apenas faça a sua pior participação na Série B, mas que tenha sérios riscos de cair para a Série C. Enfim, nada de novidade no clube que pena na Série B há alguns anos, a não ser a resposta que foi mais um ano de aprendizado para as pessoas que comandam o clube.

Minhas seleções do Brasileirão 2015
Série A: Danilo Fernandes (Sport); Marcos Rocha (Atlético Mineiro), Gil (Corinthians), Jemerson (Atlético Mineiro) e Douglas Santos (Atlético Mineiro); Rafael Carioca (Atlético Mineiro), Elias (Corinthians), Renato Augusto (Corinthians), Jadson (Corinthians) e Lucas Lima (Santos); Ricardo Oliveira (Santos). Técnico: Tite (Corinthians)
Série B: Jefferson (Botafogo); Yago Picachu (Paysandu), Wesley Mattos (América-MG), Ramón (Vitória) e Marcilio (ABC); João Ananias (Náutico), Ricardinho (Ceará), Willian Arão (Botafogo) e Luisinho (Santa Cruz); Marcelo Toscano (América-MG) e Zé Carlos (CRB). Técnico: Marcelo Martellote (Santa Cruz)
Série C: Vitor (Londrina); Igor Jesus (Vila Nova), Leandro (Brasil), Camilo (Brasil de Pelotas) e Paulinho (Londrina); Francesco (Vila Nova), Germano (Londrina), Rafael Gava (Londrina) e Moisés (Vila Nova); Guilherme Queiroz (Portuguesa) e Robinho (Confiança). Técnico: Marcio Fernandes (Vila Nova)

Edilson de Souza é jornalista e sociólogo