SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Ministério Público Federal divulgou nota em que os procuradores das operações Greenfield, Zelotes e Lava Jato defendem que o presidente Jair Bolsonaro deve escolher para o cargo de procurador-geral da República um dos três nomes mais votados na lista tríplice da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República).


A nota sustenta que a lista “tende a promover a independência na atuação do procurador-geral em relação aos demais Poderes da República, evitando nomeações que restrinjam ou asfixiem investigações e processos que envolvem interesses poderosos”.


Neste ano, é primeira vez que a eleição interna é desacreditada pelo grupo que está no comando da Procuradoria. A atual ocupante do posto, Raquel Dodge, não concorreu na eleição feita pela categoria para a escolha dos três nomes a serem indicados a Bolsonaro.


No pleito, ocorrido na semana pasdada, foram mais bem votados os procuradores Mario Bonsaglia, Luiza Frischeisen e Blal Dalloul.


Bolsonaro não é obrigado a seguir a lista, mas todos os presidentes têm respeitado essa tradição desde 2003. Ele já afirmou que “todos que estão dentro e fora da lista” têm chances.