O estelionatário está preso no 10º Distrito Policial Preso

Após a prisão de um homem de 36 anos, suspeito de estelionato, denunciado por uma ex-companheira, a Polícia Civil recebeu em torno de cem novas denúncias contra o homem. A investigação identificou que ele conhecia mulheres por meio do aplicativo de relacionamentos Tinder, se aproximava das vítimas, e passava a fazer transações financeiras em nome delas. O homem foi preso no dia 18 de julho, depois que uma mulher com quem o homem manteve relacionamento por 30 dias, o denunciou. Com a divulgação de informações a respeito dos golpes, diversas outras supostas vítimas procuraram o 10º Distrito Policial para reconhecer o suspeito.

De acordo com a polícia, a prisão aconteceu no Centro de Curitiba, no momento em que ele tentava consumar mais um golpe. Uma das vítimas, que até aquele momento ainda estava tendo um relacionamento amoroso com o suspeito, desconfiou da postura dele em relação a uma transação financeira e procurou ajuda da polícia.

Segundo o que a mulher informou, o homem já havia conseguido tomar posse de seu veículo e estava prestes a tomar seu apartamento. “Antes de fazer a transferência, ela contatou a polícia”, contou delegado Rinaldo Ivaniki, responsável pelo caso.

O homem teria feito diversas promessas para a mulher, alegando que queria “algo sério” com ela. Em uma das conversas entre eles, o homem teria dito que precisava do dinheiro do apartamento para comprar uma casa em Santa Catarina, onde os dois iriam morar juntos.

Diante do fato, os policiais deram início as investigações e ao consultar no sistema constataram que o homem já contava com um mandado de prisão em aberto pelo crime de estelionato. Em razão do fato, a equipe monitorou um encontro entre o suspeito e a vítima e realizou a prisão no momento em que a mulher iria assinar um documento referente a transferência do imóvel. Na sequência, a polícia descobriu que o homem já aplicou golpes em pelo menos sete pessoas e agora, duas semanas depois, já somam cerca de cem casos suspeitos.

“Em um dos casos, ele teria se apossado de seis veículos de um corretor de imóveis, alegando referir-se a uma negociação que envolvia uma Amarok. Ou seja, a vítima acreditou estar trocando os seis carros pela caminhonete. Em posse dos bens, o suspeito sumiu sem fazer contato algum com o corretor”, informou a polícia.

Alguns dos veículos subtraídos pelo suspeito já foram localizados no Litoral do Estado e Região Metropolitana de Curitiba.
A polícia acredita que outras vítimas ainda podem aparecer.

Vítima engravidou de suspeito

Entre as novas denúncias está a de uma mulher que engravidou do suspeito após um relacionamento de sete meses. O homem teria sacado R$ 15 mil de contas bancárias da mulher, além de ter contraído um financiamento de veículo em seu nome. Após o suposto golpe, o homem havia sumido. A mulher reconheceu o suspeito após a prisão. O filho do casal tem agora 8 meses.

Os golpes, segundo o delegado Rinaldo Ivaniki, não se limitam às mulheres que se identificaram. A maioria envolve transações financeiras relacionadas a veículos. “O cara, entre parênteses, é ‘um genio’. Ele vê um carro para vender e faz promessas de valores maiores, promessas, e vai passando para frente. Ele, por exemplo, pega um Mondeo e negocia com uma Ecosporte de outro, negocia com uma Cherokee de outra e assim vai. Pega mil reais aqui e mil ali e vai de pouco em pouco. Quando vimos ele tinha mais de uma vítima no mesmo rolo”, conta.

O delegado confirma que são cerca de cem pessoas que relataram ter sido vítimas até agora. “Tem gente que tem seis carros, dois carros e envolve outros. Entre as mulheres que tiveram relacionamento com ele, duas fizeram denúncia formal até agora. Uma tem um filho dele, que tem agora 8 meses, e outra foi a primeira que levou à prisão dele”, afirma o delegado.

Ivaniki acredita que com a repercussão do caso ainda mais vítimas vão aparecer.