SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A General Motors anunciou na noite de quarta-feira (19) sua saída da Venezuela depois que o governo de Nicolás Maduro confiscou uma fábrica em Valencia (a 172 km de Caracas). No dia anterior, a unidade da montadora foi tomada pelas autoridades, impedindo o funcionamento normal, e carros e peças foram ilegalmente confiscados.

“A GM repudia as medidas arbitrárias tomadas pelas autoridades e tomará todas as medidas legais, dentro e fora da Venezuela, para defender seus direitos”. Segundo a empresa, 2.678 funcionários das fábricas e 3.900 das concessionárias perderão os empregos. A GM era uma das poucas montadoras que ainda se mantinha no país, apesar da falta de matéria prima e do controle cambiário e de remessas de lucros ao exterior.

O Departamento de Estado americano anunciou que analisa a situação, mas pediu que as autoridades venezuelanas atuem de forma rápida e transparente para resolver a disputa jurídica. O assédio a empresas estrangeiras é prática comum na Venezuela desde Hugo Chávez (2013). Nesta quinta, Maduro pediu que a operadora Movistar, pertencente à Telefônica, seja investigada sob a acusação de ter feito uma “guerra cibernética” durante os protestos.