O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná registrou um crescimento de 4,6% neste ano, anunciou nesta terça-feira o governo do Estado. Ou seja: o PIB estadual cresceu quase que o dobro do brasileiro no mesmo período – 2,4%, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Para o economista Francisco José Gouveia de Castro, do Ipardes, a maior intensidade de crescimento da economia paranaense em relação à média brasileira pode ser atribuída à forte recuperação da renda do agronegócio, a vitalidade do mercado de trabalho e à produção industrial. 

SETORES

Na agricultura, os preços internacionais favoreceram o setor. Além disso, o Estado colheu uma safra recorde de verão em 2013. Foram colhidas mais de 23 milhões de toneladas – 31% maior que a do ano anterior. 

Na indústria, a produção do Estado, medida pela Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do IBGE, cresceu 4% entre janeiro e setembro de 2013 sobre o mesmo período de 2012. No País, o índice ficou positivo em 1,6%. 

Três segmentos industriais apresentaram crescimento destacado no Paraná, puxados pelos bons resultados da agropecuária. A fabricação de veículos teve alta de 15,5% – especialmente pela maior produção de caminhões. No ramo de máquinas e equipamentos a alta foi de 15,1%, enquanto a área de produtos químicos teve acréscimo de 14,2%. 

No comércio, o faturamento real (com dedução da inflação) do varejo no Paraná registrou ampliação de 6,8%, entre janeiro e setembro de 2013. Neste setor, o aumento das vendas de combustíveis (11%) e veículos (8,8%) foi influenciado pelo aumento da renda no campo. 

Em razão do aquecimento do emprego e da renda dos paranaenses, houve altas expressivas no comércio de produtos farmacêuticos e de perfumaria (10,5%), artigos de utilização doméstica (10,1%), eletrodomésticos (9,4%), livros, jornais e revistas (8,2%) e material de construção (7,5%). 

EMPREGO

De acordo com o IBGE, o efetivo de mão de obra da indústria do Paraná cresceu por 41 meses sem interrupção, entre março de 2010 e julho de 2013. Mesmo com os declínios de constatados em agosto e setembro, o emprego fabril paranaense ficou posito em 0,5% no ano. 

Além disso, as estatísticas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostram que o Paraná foi o terceiro maior gerador de ocupações com carteira assinada no País janeiro e outubro de 2013, respondendo por 8,6% das vagas líquidas abertas, ficando atrás somente de São Paulo (29,8%) e Minas Gerais (10,2%). 

2014

Para o economista Francisco José Gouveia de Castro, o Paraná deve manter a boa performance em 2014 com base na recuperação da produção e rentabilidade do agronegócio; maturação da carteira de mais de R$ 26 bilhões de empreendimentos do programa Paraná Competitivo; e impulsão dos investimentos em obras de infraestrutura.