Daniel Andrews, premiê do governo de Victoria, onde fica a cidade de Melbourne, na Austrália, pediu à Tennis Australia, entidade que organiza o Aberto da Austrália, que estabeleça um processo de revisão para examinar todas as isenções médicas às vacinas concedidas aos tenistas que chegarão em janeiro para a disputa do primeiro Grand Slam da temporada 2022.

Em meio a um intenso escrutínio sobre as etapas envolvidas na concessão de isenções médicas para atletas profissionais, a Tennis Australia confirmou que nenhuma isenção foi concedida aos jogadores com previsão de chegada no final de dezembro. A entidade já havia se afastado de qualquer tentativa de buscar isenções médicas, enfatizando que as decisões são tomadas pelas autoridades de saúde australianas.

“Acho que é importante e positivo a Tennis Australia se comprometer em verificar a boa-fé de qualquer pessoa que tenha uma isenção para saber se este indivíduo tem uma salvaguarda apropriada. Todos que entrarem no Melbourne Park precisarão ter sido completamente vacinados por justiça e respeito aos vitorianos”, afirmou Andrews.

Os dirigentes do tênis reforçaram que não fizeram nada para ajudar o sérvio Novak Djokovic, atual número 1 do ranking da ATP, a pedir uma isenção e evitar a vacinação. “Só para ficar claro, ninguém pode jogar o Aberto da Austrália a menos que seja vacinado”, disse Craig Tiley, diretor do torneio, em entrevista à rede de TV americana ABC.

Djokovic, de 34 anos, não quer revelar a sua situação vacinal contra a covid-19 e seu pai sugeriu no mês passado que seu filho não iria disputar o torneio em Melbourne. Chegou até a acusar de “chantagem” os organizadores, que já avisaram que apenas os jogadores totalmente vacinados poderão participar.