Divulgação – Entre as atividades

A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) em breve acolherá um grupo de 19 refugiados afegãos. Eles, que são cristãos e sofreram perseguição religiosa após o Talibã (um movimento fundamentalista e nacionalista islâmico) reassumir o poder no Afeganistão em agosto último, deixaram recentemente o Paquistão rumo ao Brasil e são esperados nesta quinta-feira (25) na Grande Curitiba.

A Missão em Apoio à Igreja Sofredora (MAIS), que mantém um programa para cristãos refugiados, é quem está cuidando de todos os detalhes para a chegada dos afegãos, que ficarão na chácara da MAIS, em Colombo, onde já foram construídas onze residências e até mesmo escola para recebê-los e atendê-los. A expectativa é que, ao todo, 67 pessoas sejam acolhidas nos próximos meses – além dos 19 que estão prestes a chegar, outros 48 afegãos aguardam a liberação do governo paquistanês para rumar ao Brasil.

Inicialmente, a expectativa era que as primeiras famílias de refugiados chegassem em setembro, mas por questões burocráticas só agora isso será possível, como explica o diácono Fabrício Barbosa, da Igreja Presbiteriana de Curitiba, uma das principais parceiras do projeto.

“Eles iam chegar [em setembro], mas não deu certo. Deu muito problema na burocracia, uma série de problemas. Agora estão chegando sete famílias, são os primeiros [afegãos chegando]”, diz o diácono, enquanto o pastor Luiz Renato Maia, da Igreja Sofredora, deu mais detalhes sobre a situação em um vídeo publicado no Instagram da MAIS, no qual citou que, mais recentemente, tudo já estava pronto (visto humanitário, passaportes e passagens compradas) para o embarque dos refugiados, mas que uma decisão do governo paquistanês, que se negou a autorizar a saída do país de pessoas que tivessem entrado por terra no país sem autorização, acabou atrasando todo o processo.

“Agora devem estar chegando sete famílias aqui, inicialmente. Iam chegar semana retrasada, mas o governo do Paquistão não deixou sair e só na semana passada que liberaram. Eles devem chegar até amanhã em Curitiba e vão ter um período de adaptação de 30 a 45 dias. Durante esse período eles não vão estar conversando com ninguém, pelo menos é o que é esperado”, comenta ainda o diácono.

Na chácara da MAIS, os refugiados receberão suporte emocional e terapêutico e ainda participaram de oficinas para começar a aprender o português. Além disso, onze casas já foram construídas e mobiliadas com a ajuda da comunidade e o esforço de voluntários.

“Antes a gente estava pedindo ajuda na forma de doações de roupas, utensílios domésticos, móveis. Agora já veio isso tudo em volume grande”, conta Fabricio Barbosa, citando ainda como a sociedade pode apoiar os refugiados que estão chegando. “A primeira coisa que pedimos é oração. Também temos uma demanda financeira, até porque é um valor bem alto para trazer cada um [dos afegãos]. E tem também a questão da alimentação, são sete famílias chegando e tem de fazer essa turma comer. Então a primeira coisa é a oração, depois pedimos ajuda na parte financeira e de alimentos”, finaliza.

SERVIÇO

Missão em Apoio à Igreja Sofredora (MAIS)
O que é: Uma organização religiosa que surgiu em 2010 e realiza ações pelo mundo para fortalecer a igreja através de trabalhos com pós-catástrofes, desenvolvimento comunitário, acolhimento a refugiados, locais em situação de guerra ou perseguição religiosa. A Missão possui uma chácara em Colombo, na Grande Curitiba, que irá acolher dezenas de afegãos refugiados nos próximos meses.
Como ajudar: Para conseguir trazer todos os afegãos cristãos que estão no Paquistão e oferecer condições adequadas para eles se adaptarem ao Brasil, a Missão necessita de contribuições financeiras também está pedindo a doação de alimentos. Para ajudar, basta acessar o site da MAIS e fazer uma doação ou entrar em contato via redes sociais para ajudar de outra forma.
Site: www.maisnomundo.org
Instagram: @missaomais