SÃO PAULO, SP – Em mais uma etapa de uma batalha judicial iniciada em 2011, um juiz americano determinou que funcionários do Grooveshark, serviço gratuito de música on-line, infringiram direitos autorais da indústria fonográfica ao disponibilizarem música sem licença por meio de seu site e de seus aplicativos. Um juiz federal em Manhattan, Thomas Griesa que ganhou notoriedade neste ano no caso do calote argentino, determinou na segunda-feira (29) que houve infração em 5.977 canções, de um total de cerca de 15 milhões que podem ser ouvidas no Grooveshark. Tais empregados da companhia teriam obedecido ordens do cofundador Joshua Greenberg, responsabilizado no caso ao lado do outro fundador, Samuel Tarantino. Em e-mail enviado por Greenberg a funcionários em 2007, o executivo ordenava que eles “fizessem ’upload’ de tantas faixas quanto possível de um lugar que não o escritório”. O Grooveshark permite que usuários ‘subam‘ qualquer arquivo e os compartilhem para qualquer outra pessoa que se conecte ao serviço no caso, o cofundador queria que os funcionários se passassem por consumidores, o que daria isenção de responsabilidade judicial à companhia. ‘Baixem quantas MP3s forem possíveis e as adicionem às pastas que vocês estão compartilhando no Grooveshark. Não há motivo para que QUALQUER UM na empresa não possa fazer isso, e espero que todos o façam até a segunda-feira. Se eu não tiver um e-mail seu na minha caixa de entrada na segunda, você está na minha ’shit list’ [algo como ‘lista negra‘] oficial‘, ordenou Greenberg em carta divulgada nos autos do processo. Ao ‘New York Times‘, um advogado do Grooveshark disse que ‘a companhia respeitosamente discorda da decisão e está preparando seus próximos passos, incluindo a possibilidade de uma apelação.‘ A ação judicial é movida por nove gravadoras: Arista Music, Arista Records, Atlantic Recording, Elektra Entertainment Group, LaFace Records, Sony Music Entertainment, UMG Recording, Warner Brothers e Zomba Recording. A empresa enfrenta outros dois processos em Nova York, uma em corte federal e outra em corte estadual.