SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O candidato do PT ao Palácio do Planalto, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (17) que, ao contrário de seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), vai respeitar a lista tríplice do Ministério Público para a escolha do procurador-geral da República caso seja eleito.

“A ideia dele [Bolsonaro] de escolher alguém da sua conveniência [para o cargo de procurador-geral], independentemente de ouvir a categoria, coloca em risco uma das conquistas democráticas mais importantes do período recente”, afirmou Haddad em coletiva à imprensa em São Paulo.

A declaração foi mais uma tentativa de se contrapor a Bolsonaro. O capitão reformado não se comprometeu a se basear na lista tríplice para a escolha do procurador-geral da República caso os nomes apresentados sejam comprometidos com a esquerda.

Haddad classificou ainda como “inconstitucional” a proposta de Bolsonaro de dar imunidade a policiais militares que matarem em serviço —projeto que o capitão reformado apresentou como deputado na Câmara. A ideia é que, caso seja eleito, Bolsonaro acelere a aprovação da medida.

O candidato petista afirmou que “a licença para matar dificilmente vai passar pelo Ministério Público Federal” e disse ainda que é por isso que seu adversário quer um procurador-geral “alinhado às teses bárbaras que ele defende”.

“A barbárie que já acontece só vai recrudescer”, completou Haddad.