Foi gostoso de ver, aliás está delicioso de acompanhar esse momento da moda nova-iorquina. Para mim (e para muita gente também) dois dos maiores nomes da criação atual desfilam lá. Marc Jacobs é o meu favorito por inenarráveis razões, mas a principal é que ele sabe fazer um espetáculo e um desfile tem que ter emotion. Nos tempos em que ele era diretor artístico da Louis Vuitton, cheguei a ver algumas apresentações. E foram as maiores emoções ( juro) na minha historia com a moda. A mais importante foi quando Jacobs colocou um trem de verdade dentro do Carrossel do Louvre. Eram 10H00 da matina em ponto ( ele não atrasava nunca, desde que teve um bafo em NY com Anna Wintour por causa disso.

A bee aprendeu a ser pontual). Anyway… As modelos saiam lindas de dentro dele ( do trem todo customizado LV) com cartolas enormes bordadas, mantôs magníficos, também bordados e seus maleteiros para carregar as bolsas e malas da coleção. Quem estava lá naquele dia chegou a chorar de emoção. Foi coletivo. Jacobs tocou forte unindo moda e espetáculo. Depois tudo desordenou e ele voltou para sua marca própria, lançou linhas de maquiagens mais consistentes (sou fã dos batons) e abriu mais lojas aqui e acolá. Na real, as roupas não andavam agradando muita gente, mas eu continuei fã, por que acho ele de discurso o melhor e na passarela de 2018 reencontro o talento da criação com uma bateria de mantôs (ele é fera nisso) maxi e coloridos, ideais para quem vive num mundo onde a roupa precisa ser confortável, mas não necessariamente sem graça ou desleixada. Também tá em NYC, o belga, ex-Dior, Raf Simons. Ele redesenha a Calvin Klein. Coloca arte pop e humor naquela casa tão sem graça. Sabemos que é maravilhosa no underwear, mas nas roupas é um suco de pera fora de época.

Não tem cara de nada. Simons tá mexendo nos personagens dos desenhos animados como o Papa Léguas e se inspira em Andy Wharol, para não errar com os gringos e nem com a gente. Não tem nada de novo. É esperto e comercial e o resultado é mais alegre do que o que tínhamos antes. Outra queridinha minha é Victoria Beckham. Para mim ela é a uma das melhores surpresas da moda. Faz roupa para nós, mulheres que carregamos bolsas enormes com a vida dentro. Por fim, o cowboy Ralph Lauren ganha aqui meu louvor. Tá rodado, mas a coleção é jovem, com a boa dose de frescor que a moda de 2018 impõe como necessidade maior.


Taca um mantô aí – Cores, drama e mantôs magníficos na coleção do Marc Jacobs inverno 2018/19.

La reina –  Victoria Beckham só avança como criadora. Ela sabe o que uma mulher do futuro precisa para andar elegante e livre: saias longas e bolsa enorme para colocar filhos ou pets dentro.

Beijos do tio ! – Titio Ralph mandando muito bem no sportswear. Botinhas de chuva já caíram automaticamente na minha lista de desejos . #wishlistqueridinha