Em resposta as perguntas elaboradas pela Polícia Federal na investigação que apura suposto esquema de corrupção no Porto de Santos, o presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirma que nunca solicitou que o ex-deputado federal paranaense Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor do peemedebista, recebesse recursos em seu nome em retribuição pela edição de normas contidas no Decreto dos Portos. Temer também nega que tenha solicitado a Loures que recebesse qualquer recurso de campanha, nem do Grupo JBS, ou de qualquer outra origem em seu nome. Loures foi flagrado pela Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil em propina de um executivo do grupo JBS. Atualmente ele cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.

Portos
Em outra resposta, Temer diz que nunca determinou que seu ex-assessor, ainda quando era vice-presidente da República, acompanhasse as questões das concessões do setor portuário, não sendo do meu conhecimento se alguém o procurou para tal finalidade, completa. Quando a PF questiona o porquê de representantes das empresas concessionárias do setor de portos procurarem Rocha Loures em 2016, Temer reafirma que não determinou que o então assessor acompanhasse as questões das concessões das empresas.

Confiança
Sobre um contato intenso entre Rocha Loures e Ricardo Mesquita, diretor da Rodrimar, Temer afirmou de que não foi informado. Nessa resposta, o presidente ainda esclarece que Loures foi seu assessor porque depositava confiança quanto ao exercício das funções inerentes à sua assessoria, disse.

Vem Pra Rua
O movimento ‘Vem Pra Rua’ promoverá atos em 42 cidades brasileiras, no próximo dia 23, véspera do julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre (RS). Em Curitiba, a manifestação será em frente à sede da Justiça Federal. Lula foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a nove anos e sete meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do tríplex. Caso o recurso seja rejeitado, o petista pode ser enquadrado na lei da Ficha Limpa, e com isso, ficaria impedido de disputar a eleição para a presidência da República.

Extremismo
O ‘Vem Pra Rua’ diz ser a favor da democracia, da ética na política e de um Estado eficiente e desinchado e contra qualquer tipo de violência, condena todos os tipos de extremismo (separatismo, intervenção militar, golpe de Estado). O movimento também afirma não compactuar com governos autoritários e não estar associado nem ser patrocinado por nenhum partido político.

Torcidas
A Câmara dos Deputados analisa proposta que prevê punições mais duras para integrantes de torcidas organizadas que promoverem tumultos, conflitos ou atos de vandalismo em estádios e em outros locais públicos. O texto de autoria do senador Armando Monteiro (PTB-PE), altera o Estatuto do Torcedor.

Pena
Atualmente, nos casos citados pela proposta, o Estatuto do Torcedor fixa pena de um a dois anos de reclusão. De acordo com o projeto, a pena será de um a quatro anos de reclusão, mais multa. A mesma pena será imposta aos torcedores que se envolverem em distúrbios em um raio de 5 km ao redor dos jogos, ou durante os trajetos de ida e volta. Se dos casos de violência resultar morte ou lesão corporal grave, as punições deverão ser acrescidas em um terço.