Após mais de 11 horas de julgamento, o Tribunal do Júri de Ponta Grossa proferiu na noite desta quinta-feira (5) sentença condenando Carlos Rafael Ferreira, de 29 anos, a pena de 16 anos e quatro meses de reclusão pelo assassinato de Eni Caramgo da Luz de Oliveira, na madrugada de 24 de setembro de 2011, na Estrada José Kalinoski, zona rural de Ponta Grossa.

O crime chamou a atenção das autoridades pela brutalidade e requintes de crueldade empregados em sua execução. Carlos diz ter matado a moça porque ela havia roubado sua carteira. Ele relatou, na época, que atirou uma pera contra a cabeça da vítima. Quando ela caiu, jogou outra e, depois, ainda inseriu uma outra pedra no órgão genital de Eni, que era garota de programa.

O Promotor de Justiça Fábio Vermeulen Carvalho Grade, responsável pela acusação em plenário, elogiou a investigação desenvolvida pela Polícia Civil e explicou o caso: “Eni Oliveira foi seviciada e morta a golpes de pedra, tendo os ossos da face e da região frontal do crânio esfacelados. O rosto da vítima ficou completamente desfigurado e sua identificação somente foi possível alguns dias após o crime, através de perícia necropapiloscópica (exame de impressões digitais)”, disse.

Carlos Rafael Ferreira, que já tinha outras passagens pela polícia e uma condenação por crime contra o patrimônio, está preso e não poderá recorrer em liberdade.