Roberto Couto/ SMAB – Qu

Quem faz compras nos Sacolões da Família já deve ter percebido: nas últimas semanas chegaram novos hortifrutigranjeiros nas gôndolas das 15 unidades da Prefeitura. Produtos como poncã, kiwi, caqui, maracujá, inhame, cará, nabo e mandioquinha, que têm safra a partir do outono,  já estão sendo vendidos nos espaços administrados pela Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Smab).

No período outono-inverno, quando ocorre uma queda natural da oferta de alguns alimentos, também há uma redução no número de hortifrutis, que precisam custar, no máximo, R$ 2,29 o quilo.

José Carlos Koneski, diretor do Departamento de Unidade de Abastecimento da Smab, explica que a Prefeitura estabeleceu uma “Pauta Mínima de Alimentos a R$ 2,29”, que foi criada para garantir um fornecimento uniforme de alimentos, durante todo o ano, nos 15 sacolões. “No outono-inverno, a pauta mínima é formada por 23 itens e, na primavera-verão, 30 alimentos”, enumera ele.

Oferta mantida
Uma boa notícia para a população é que boa parte das frutas e verduras que poderia deixar a lista, por ser típica de verão, como mamão, melancia, abacaxi, chuchu e pimentão, continua a ter o preço máximo por conta da negociação com fornecedores. “Nosso lucro precisa ser o mínimo possível para oferecermos à população alimentos de qualidade e preço mais baixo que o do varejo”, garante Marcos Inácio Valaski, responsável pelas compras dos produtos para o Sacolão da Família do Santa Cândida.

Koneski reforça ainda que o preço máximo de R$ 2,29 o quilo é obtido por meio de três medidas. “Incentivamos os comerciantes a negociar preços com atacadistas, a comprar de agricultores da região para reduzir custo de frete e a priorizar produtos de safra", explica o diretor. "Assim, eles conseguem ampliar a oferta de alimentos com o valor máximo de R$ 2,29 o quilo e garantir um preço, em média, 30% mais barato que no varejo.”

Café da manhã
A chegada de alimentos in natura típicos do outono-inverno acrescenta novos sabores às refeições dos fregueses dos Sacolões da Família.

A atendente de telemarketing, Dalbani Ramos, 47 anos, por exemplo, já começou a cozinhar o cará para o café da manhã do marido, Jaucione. “Ele é natural de Paranaguá e lá se come muito este alimento, com café e farinha”, conta ela, que faz compras do tubérculo na unidade do Boa Vista.    

Já a pensionista Tereza de Jesus Ripka Mendes Cruz, 60 anos, não resistiu ao perfume do maracujá e da poncã e levou para casa um quilo de cada fruta. “Gosto muito de preparar sucos, já que essas frutas têm muita vitamina C e ajudam a gente a não pegar gripe”, afirma ela, que é cliente semanal também do Armazém do Boa Vista.