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Divulgado recentemente pelo Ministério da Educação, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) coloca o Paraná como referência nacional no ensino. Entre as redes estaduais do Brasil, por exemplo, o estado apresenta o melhor desempenho nos primeiros anos do Ensino Fundamental e fica ainda em terceiro lugar nos últimos anos do Ensino Fundamental e na quarta posição no ensino médio.

O avanço da nota registrada pelo Paraná na edição atual do Ideb, inclusive, foi a maior do país para o ensino médio, com alta de 0,7 pontos, passando de 3,7 para 4,4 pontos. Trata-se de um resultado histórico, sendo a maior evolução desde 2005.

“A educação do Paraná registra um crescimento expressivo. Há anos a Educação do Estado vinha andando de lado. Agora o Ideb mostra que a qualidade do ensino melhorou. Isto só foi possível graças a um esforço conjunto, a aplicação de novas tecnologias e principalmente pelo grande trabalho dos profissionais da nossa rede”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Ainda segundo a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEED), esse avanço foi possível graças ao fortalecimento do trabalho dos professores em sala de aula, à criação de programas de redução de evasão escolas (Presente na Escola e Escola Paraná), criação de programas de redução de reprovação (Mais Aprendizagem, Prova Paraná, Se Liga!) e melhorias na gestão das escolas. Não à toa, o ensino público no estado avançou em 359 das 399 cidades paranaenses (o equivalente a 90% do total).

Conheça os colégios estaduais do Paraná com melhores desempenhos no Ideb

No Ensino Médio, o melhor desempenho foi novamente do Colégio da Polícia Militar em Curitiba, repetindo a nota de 6,2 do Ideb 2017. “Esse resultado se deve ao comprometimento dos nossos professores, que gostam de trabalhar aqui e sentem segurança. Não podemos deixar de falar da parceira com a Secretaria de Educação, que não mede esforços nas ações do CPM”, ressalta o diretor Major Anderson Mendes, que dirige ao todo 1,5 mil alunos em três turnos.

Depois do CPM, a melhor nota (6,0) foi do Colégio Estadual de Laranjeiras do Sul, na região Centro-Oeste. “É muito gratificante receber essa notícia. Acredito que se deve a integração de todos: parceria com o Núcleo de Educação (Laranjeiras do Sul), o suporte é 100%. Sempre que precisamos está presente, a tutoria é fantástica”, diz o diretor Walter Rogério Souza Pavan.

Dos 678 alunos no total, cerca de 250 frequentam o Ensino Médio. “A marcação está cerrada, quase 100% das atividades estão sendo realizadas, muita conversa da equipe pedagógica com os pais e muitas aulas pelo Meet”, conta Pavan sobre o ensino remoto durante a pandemia.

O Colégio Estadual do Campo Maralúcia, em Medianeira, no Oeste, onde estudam 98 alunos, também obteve a mesma nota 6,0 empatado no 2º posto, bem acima da média da rede estadual de 4,4.

FUNDAMENTAL – Já nos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), o melhor desempenho foi da Escola Estadual do Campo Professor Leonardo Salata, em Palmeira, nos Campos Gerais, com nota 7,2 – bem acima da média de 5,1.

A 15 quilômetros do centro da cidade e perto da BR-277, a escola com 93 alunos tem a educação voltada para o campo, valorizando o trabalho nele realizado.  “Temos inclusive alunos da zona urbana que escolhem vir para cá”, diz a diretora e professora de Educação Física, Ana Lucia Trauchinski. Para ela, o resultado é fruto de toda uma equipe engajada. “É muito trabalho dos professores e dos alunos entenderem o que está sendo feito. Nesse momento não deixamos de fazer interação com alunos, estamos conversando com os pais e vemos que estão empenhados em prover educação de qualidade aos seus filhos”, relata a diretora, que viu nesse momento de ensino remoto a verdadeira entrada da tecnologia nas escolas. “Será uma grande aliada quando tudo retornar ao norma”, aponta.

Empatados na 2ª colocação com nota 7,0 ficaram o Colégio Estadual Professora Dea Alvarenga, em Londrina, a Escola Estadual do Campo Vinícius de Moraes, em Nova Santa Rosa, no Oeste, e o Colégio Estadual Castro Alves, em Quedas do Iguaçu, também no Oeste. O Castro Alves havia obtido a melhor nota do Ideb para esse ano em 2015 (6,6), mas perdeu o posto em 2017 e agora retornou para perto do topo ao subir o desempenho. 

“Batalhamos pela nota 7 desde 2017, agora ela veio. Devemos isso ao Núcleo (Laranjeiras do Sul), aos pais dos nossos alunos e a toda equipe pedagógica”, diz a diretora Neiva Vieira. Ela avalia que o Prova Paraná também ajudou bastante. “Esses simulados melhoraram o acompanhamento”. Para ela, o desafio para manter ou melhorar a nota será dobrado. “A pandemia atrapalhou nosso planejamento, mas vamos atrás disso”. Atualmente são 224 alunos matriculados ao todo.

ANOS IINICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – Do 1º ao 5º ano, faixa escolar sob responsabilidade dos municípios, mas com algumas escolas sob administração do Estado, o melhor desempenho foi do Colégio de Aplicação Pedagógica-UEM, em Maringá, com nota 7,7. Com 1.030 estudantes, a escola é uma exceção com todos os segmentos, desde o 1º ano do Fundamental até o 3º ano do Médio.