O terminal de logística de carga (Teca) do Aeroporto Internacional de Curitiba/São José dos Pinhais – Afonso Pena (PR) registrou crescimento de 9,09% na movimentação de volumes importados no primeiro semestre deste ano ante o mesmo período de 2016. De janeiro a junho, o complexo logístico recebeu 5.653,6 toneladas (t) de cargas, ante as 5.182,3 t armazenadas nos seis primeiros meses do ano passado.
 
Entre as principais cargas movimentadas no setor de importação do Teca de Curitiba, destacam-se insumos para automóveis, peças e partes automotivas – incluindo caminhões, ônibus e equipamentos agrícolas –, equipamentos eletrônicos e de informática, partes e peças para elevadores, esteiras e escadas rolantes, materiais para a indústria cirúrgica e produtos químicos. Essas mercadorias vêm de países como França, Alemanha, Suécia, EUA, Espanha, Itália e Argentina.
 
De acordo com o superintendente do aeroporto Afonso Pena, Antonio Filipe Bergmann Barcellos, o complexo logístico do Afonso Pena movimenta uma grande variedade de cargas, atendendo a diversos setores da indústria e fomentando o desenvolvimento do estado, da região e do país. Este crescimento é uma ótima notícia em meio ao período que estamos vivenciando e sinaliza uma melhora na atividade econômica do país, afirmou.
 
Complexo logístico do Afonso Pena
O Teca de Curitiba foi inaugurado no ano de 1974, sendo o primeiro complexo logístico da Infraero. Conta com uma área total de 34 mil m², sendo 17 mil m² de área construída e 3.364,96 m² para armazenagem. O espaço inclui câmaras refrigeradas e uma estrutura de 600 m² para o recebimento de cargas vivas. O terminal de cargas do Afonso Pena é um dos três complexos logísticos aeroportuários do Brasil aptos para o armazenamento de cargas vivas – os demais são os Tecas do Aeroporto de Viracopos (SP) e do Aeroporto do Galeão (RJ).
 
Entre os equipamentos disponíveis para a movimentação de cargas no Afonso Pena, há empilhadeiras a combustão e elétricas, transpaleteiras elétricas e manuais, niveladoras de docas, plataformas elevatórias, racks fixos, porta-paletes, trator, carreta de reboque tipo dolly, carreta de reboque tipo prancha, carreta de reboque tipo bagagem, balanças diversas, cofre, guincho para trator, equipamentos de raios x, varredeira e termohigrômetros.
 
Novo modelo comercial

Neste ano, a Infraero adotou um novo posicionamento estratégico e de mercado na área de logística de carga, buscando expandir o portfólio de serviços e produtos de logística integrada oferecidos pela empresa e ampliando a parceria com a iniciativa privada nos negócios. Os processos licitatórios de diversos Tecas da empresa são um passo importante dessas novas diretrizes.
Até o momento, cinco processos de concessões de complexos logísticos já foram realizados pela empresa: Goiânia (GO), Curitiba (PR), Vitória (ES), São José dos Campos (SP) e Recife (PE). Os quatro primeiros já tiveram seus contratos assinados e, no caso de Goiânia e Curitiba, a empresa vencedora deverá assumir as operações dos complexos até o início do segundo semestre deste ano. O processo do Aeroporto do Recife está em fase de assinatura do contrato.
Todos os contratos em questão preveem prazo de concessão de dez anos, sem investimentos vinculados por parte das empresas concessionárias. Os valores de luva (preço mínimo mensal) totais obtidos com os cinco contratos somam R$ 2,95 milhões.
Também estão previstas as concessões do Teca de Joinville, com abertura do edital prevista para o dia 14/8, além do complexo logístico de Manaus, com lançamento do edital previsto para este semestre.
Com seu novo posicionamento, a Infraero busca permanecer alinhada às melhores práticas de mercado, mantendo a competitividade no setor e buscando todas as oportunidades possíveis para gerar valor, reduzir custos e garantir a máxima eficiência.