A atividade paulista teve queda de 0,8% em junho na comparação com maio, mostra o Indicador de Nível de Atividade (INA), divulgado nesta terça-feira, 31, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com ajuste sazonal. Na série sem ajuste sazonal, houve recuo de 7,3% e de 5,6% no confronto com junho de 2018. Entretanto, no acumulado de 2019, tem alta de 1,1%.

Conforme a Fiesp, a principal influência para o recuo de 0,8% no mês decorre do declínio de 2,7% nas vendas reais e de retração de 0,1% das horas trabalhadas pela produção. Já os salários médios reais e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiram 0,6% e 0,4%, respectivamente.

O segundo vice-presidente da Fiesp, José Ricardo Roriz, afirma que apesar da queda do INA em junho, há percepção da redução do nível de incerteza com a aprovação de reformas e estímulos econômicos, que tendem a colaborar para um desempenho melhor da indústria paulista no segundo semestre.

Além da aprovação da reforma da previdenciária recentemente na Câmara em primeiro turno, há uma série de reformas que estão em andamento, como a tributária, a da liberdade econômica, além das ações de estímulos econômicos – como a liberação do saldo das contas ativas e inativas do FGTS.

“Essas medidas são essenciais para que a indústria paulista tenha um segundo semestre melhor. Sem essas ações, na melhor das hipóteses, iremos repetir o resultado do ano passado”, disse.

Sensor

O indicador Sensor Fiesp sinaliza para a continuidade do quadro de fraqueza da indústria

paulista em julho. A pesquisa Sensor deste mês seguiu pelo terceiro mês consecutivo abaixo dos 50 pontos ao marcar 47,5 pontos, queda de 1,5 pontos, na leitura com ajuste sazonal.

Diante da provável aprovação da reforma da Previdência e da redução do nível de incerteza, o setor industrial deverá ganhar tração ao longo do segundo semestre, estima em nota a entidade.