A inflação medida pelo consumo de idosos subiu 0,88% no primeiro trimestre do ano, já influenciada pelas mudanças trazidas pela pandemia do coronavírus, como por exemplo queda no grupo Transporte, com destaque para a redução do preço da gasolina, enquanto os cuidados com a saúde, eletricidade e TV por assinatura estão com preços em alta.

Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, registrou no primeiro trimestre de 2020 variação positiva de 0,88%.

Em 12 meses, o IPC-3i acumula alta de 3,55%. Com este resultado, a variação do indicador ficou acima da taxa acumulada pelo IPC-BR, que foi de 3,44%, no mesmo período.

Na passagem do quarto trimestre de 2019 para o primeiro trimestre de 2020, a taxa do IPC-3i registrou decréscimo de 0,31 ponto porcentual, passando de 1,19% para 0,88%.

Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram queda. A principal contribuição partiu do grupo transportes, cuja taxa passou de 2,47% para 0,42%, influenciada pela queda dos combustíveis, com destaque para a gasolina, que caiu 1,66% no primeiro trimestre deste ano, ante alta de 5,69%, no trimestre anterior.

Também registraram recuo em relação ao trimestre anterior, entre outras, alimentação, que saiu de alta de 3,11% para 2,61% e educação, leitura e recreação, passando de alta de 1,29% para queda de 0,42%.

Em contrapartida, os grupos habitação (-0,66% para 0,25%), saúde e cuidados pessoais (0,89% para 1,13%) e comunicação (0,11% para 0,43%) apresentaram avanço em suas taxas de variação.