Integrantes da bancada feminina na Câmara estão tentando negociar com a equipe econômica do governo uma mudança no cálculo do benefício para as mulheres dentro da reforma da Previdência. Diferente do texto enviado pelo Executivo, o texto atual reduziu de 20 para 15 anos o tempo mínimo de contribuição para as mulheres. O cálculo do benefício em caso de mais anos de contribuição, no entanto, não foi alterado.

Na proposta atual, com 20 anos de contribuição, o benefício será de 60% da média salarial de contribuição, subindo dois pontos porcentuais para cada ano a mais de contribuição. Com isso, o benefício integral de 100% só seria pago a partir dos 40 anos de contribuição. O que integrantes da bancada feminina querem é que esse cálculo de dois pontos percentuais passe a contar a partir dos 15 anos de contribuição, e não dos 20. Na situação atual, não haveria diferença no cálculo para a mulher que se aposentar com períodos de contribuição entre 15 e 20 anos.

O secretária especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse mais cedo que passou a manhã com integrantes da bancada para falar sobre a questão, que está em “processo de negociação”, segundo ele. Marinho marcou presença por um período no plenário da Câmara dos Deputados nessa manhã.

“Estamos conversando, acho que a gente vai chegar a um bom termo”, disse Marinho, ao ser perguntado sobre o pedido de integrantes da bancada feminina, sem dizer, no entanto, se o pedido será atendido.