Santos e São Paulo fazem neste domingo, às 18h30, o clássico de times claudicantes no Campeonato Paulista e em momentos semelhantes. Na Vila Belmiro, os rivais jogam com a ideia de engrenar no torneio, aliviar a pressão e apresentar um futebol convincente, o que nenhum dos dois conseguiu ainda neste início irregular de temporada. O duelo é válido pela oitava rodada e tem transmissão de Paulistão Play, Premiere e Record.

Nenhum dos dois lidera a sua chave. Com campanhas irregulares, ambos, na verdade, abriram a rodada no segundo posto em seus grupos. O Santos tem nove pontos em sete partidas e aparece atrás do Bragantino (13) no Grupo D. No B, o São Paulo, com oito em seis confrontos, está abaixo do líder São Bernardo (11). A dupla não empolga os seus torcedores.

Os dois não foram capazes, por ora, de dar a seu torcedor uma exibição consistente. Os times têm problemas e apresentam mais falhas do que acertos no começo de 2022. Ambos lutaram contra o rebaixamento no Brasileirão do ano passado e viraram o ano esperançosos de que este ano fosse diferente. O Santos joga seu segundo clássico no ano depois de ter vencido o Corinthians em Itaquera e o São Paulo estreia em jogos desse porte em 2022.

O Santos, pressionado, está à procura de um bom futebol, resultados positivos que lhe deem paz e um técnico, a maior urgência no momento. Incapaz de fazer o time evoluir e impaciente diante das oscilações, Fábio Carille deixou o clube em comum acordo na última sexta-feira, dia seguinte ao revés para o Mirassol por 3 a 2, jogo em que sofreu três gols em 12 minutos.

“Tínhamos boas expectativas para a sequência agora em 2022, dentro da realidade do clube, mas por diversos fatores elas, infelizmente, não se confirmaram”, afirmou o técnico ao se despedir da equipe.

Marcelo Fernandes, auxiliar fixo do clube, comanda o Santos no clássico deste domingo. O interino treinou a equipe na dramática reta final do Paulistão de 2021, em que o time escapou do rebaixamento na última rodada.

O São Paulo é de quem se espera mais pelo elenco de bom nível à disposição de Rogério Ceni. Mas o time tem travas na criação das jogadas e é pouco efetivo no ataque. Cruza excessivamente para a área, é refém de bolas aéreas e encontra dificuldade para vencer as defesas adversárias. Esse foi o cenário do empate sem gols com a Inter de Limeira na última quinta-feira.

“Jogar na Vila é sempre duro, a equipe do Santos é boa. Vamos tentar encontrar um time competitivo”, disse Ceni. O treinador tem uma ideia de futebol ofensivo, mas ainda não conseguiu fazer com que seus jogadores encontrem os espaços.

É provável que os dois times joguem com mudanças em relação aos jogos anteriores. O Santos, sem Carille, deve ter nomes diferentes na escalação. No São Paulo, vão continuar os testes de Ceni, que também tem feito mudanças para prevenir lesões. “Nosso time é aguerrido, se entrega o tempo todo, então é preciso estar em boas condições”, justificou.

Os centroavantes são as principais armas de cada um. O time alvinegro da Vila Belmiro aposta no jovem Marcos Leonardo, enquanto que o clube do Morumbi joga suas fichas no argentino Calleri. Cada um marcou três gols no Paulistão e são as referências de duas equipes que querem – e precisam – se encontrar.