SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Israel lançou ataques aéreos contra a Síria neste sábado (10), após alegações de que forças sírias teriam derrubado um jato F-16 israelense no norte do país sionista, em uma escalada das tensões regionais. Segundo avaliação preliminar do Exército israelense, o F-16 foi derrubado por disparos sírios durante uma missão para atacar instalações de drones iranianos na Síria. Israel disse que enviou os jatos após ter abatido um drone iraniano em seu território.

O F-16 caiu em um campo perto da aldeia de Harduf. Um dos pilotos ficou gravemente ferido e foi levado para um hospital. O segundo piloto sofreu ferimentos leves. O porta-voz militar israelense, Jonathan Conricus, disse que um número “substancial” de aviões de guerra israelenses na missão havia sido submetido a “enorme fogo antiaéreo sírio” e apenas um foi prejudicado.

Conricus disse ainda que o Irã está “brincando com fogo”, invadindo o espaço aéreo israelense e pagará um alto preço por isso. Segundo ele, o drone fazia parte de “uma missão militar enviada e operada por forças militares iranianas”. Israel disse que seus ataques aéreos atingiram alvos militares sírios e iranianos. “Doze alvos, incluindo três baterias de defesa aérea e quatro alvos iranianos na Síria foram atacados”, informou Israel em nota.

O regime de Bashar-al Assad negou que qualquer de seus drones tenha entrado em espaço aéreo israelense. Em comunicado, as forças militares síria afirmaram que Israel atingiu uma base aérea no deserto de Homs que é usado para operar drones contra o Estado Islâmico. Tal “ação terrorista” de Israel seria combatida com “uma resposta séria e severa”, disse a nota. A chancelaria do Irã qualificou de “ridícula” a afirmação de que o drone interceptado era iraniano.

“Relatos sobre a derrubada de um drone iraniano sobrevoando Israel e sobre o envolvimento do Irã no ataque a um jato israelense são ridículos. O Irã apenas fornece assessoria militar à Síria”, disse o porta-voz Bahram Qasemi à TV estatal.