Nos bastidores do Centro Cívico, o comentário corrente é de que o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP) está jogando pesado para garantir apoio à pré-candidatura de sua esposa, a vice-governadora Cida Borghetti (PP), ao governo do Estado. Segundo fontes da Assembleia Legislativa, Barros – considerado um articulador político habilidoso e voraz – já teria atraído pelo menos dois partidos – o PSC e o PR – que até então estavam na órbita de influência do deputado estadual e também pré-candidato ao governo, Ratinho Júnior (PSD).

Espaço
Barros conta com a renúncia do governador Beto Richa (PSDB) em abril, para disputar o Senado, e a ascensão da vice ao comando do governo como estratégia para alavancar a pré-candidatura de Cida Borghetti. E estaria prometendo espaço na futura administração da esposa, além de ajuda para a campanha eleitoral em troca do apoio ao projeto político de seu grupo.

Avança
Ratinho Jr anunciou a intenção de, se eleito, criar um programa chamado Avança Paraná, que teria o equivalente a 3% do Orçamento do Estado, algo em torno de R$ 1,5 bilhão. Em vez da empresa pagar o ICMS, poderá executar obras de infraestrutura na região em que atua ou tenha sua sede, explicou o pré-candidato. Acabamos com a demora que muitas vezes se perde numa licitação que pode levar de seis a oito meses quando há recursos ou outros entraves burocráticos, afirmou.

Técnicos
O deputado disse ainda que os recursos deste programa poderão compor um fundo de infraestrutura que podem geridos pela agência de fomento. Esse fundo não ficará nas mãos de politico, quero deixá-lo nas mãos de técnicos e de investidores. Teremos uma comissão de investimento – com representantes de federações, associações comerciais – que vai decidir quais as obras que o estado precisa fazer com mais urgência através desse dinheiro da iniciativa privada, apontou.

Inspiração
Coincidência ou não, o governo Temer lançou, em novembro passado, o programa Avançar, que prevê investimentos de R$ 42,15 bilhões até o fim de 2018. O programa foi lançado logo após a Câmara Federal barrar a segunda denúncia da Procuradoria Geral da República contra Temer, como estratégia para abrir uma agenda positiva.

Delegados
A Associação dos Delegados de Polícia do Paraná (Adepol-PR) voltou a exibir outdoors em Curitiba cobrando do governo do Estado a nomeação de 150 delegados. A campanha já havia sido lançada em novembro do ano passado na capital e no litoral. A mensagem exibe a pergunta Governador, cadê o delegado?. Segundo a entidade, atualmente, 270 cidades do Paraná estariam sem delegados.

Excelências
Projeto do senador Roberto Requião (PMDB) que pretende acabar com o uso do termo Vossa Excelência e outros pronomes de tratamento direcionados às autoridades, com exceção das palavras senhor e senhora, aguarda escolha de relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. A proposta foi apresentada pelo peemedebista depois que a procuradora Isabel Vieira protestou, ao ser chamada de querida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em depoimento ao juiz Sérgio Moro, no Paraná. Ela exigiu a forma protocolar devida. Requião diz, na justificativa do projeto, que chamar juízes, procuradores e políticos de excelência ou doutor é um contrassenso à democracia, pois as autoridades devem estar a serviço do povo.