Nos últimos anos o mercado de games vem crescendo rapidamente, não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Prova disso é que um jogador chegou a alcançar a marca de 667 mil pessoas assistindo a transmissão de uma partida ao vivo. Com essa popularidade, cada vez mais jovens, adultos e crianças se inserem no universo dos games virtuais.
Pensando nos riscos aos quais as crianças estão expostas devido ao crescimento do mundo de jogos online, a ESET, empresa líder em detecção proativa de ameaças, dá dicas para os pais de como proteger seus filhos dos perigos desse universo. Os pais devem dobrar a atenção no período de férias, quando a criançada fica com mais tempo livre.
Entre os riscos, o catfishing é um dos mais comuns. No mundo dos jogos, todos podem criar nomes ou perfis falsos e utilizá-los para conhecer pessoas. A prática é chamada de catfishing, que nada mais é do que criar uma conta se dizendo ser outra pessoa, muitas vezes fictícia.
O grande risco é o da criança ser enganada por esses malfeitores e acabar passando dados pessoais, como endereço, nome dos pais, escola, e outras informações ou até mesmo realizar compras como se fossem presentes. Para garantir que isso não ocorra, o ideal é ficar de olho nas conversas, ver com quem são e sobre o que estão falando, e alertar a criança sobre os perigos de falar muito sobre si para um estranho. 
Outra forma de evitar problemas é ter consoles e PCs sempre em um lugar comum a todos da residência, como corredores ou sala, evitando assim que a criança converse sem supervisão com outros jogadores.

Ciberbullying e Crimes Virtuais
Com o anonimato proporcionado pelos games virtuais, alguns jogadores maldosos podem atacar quem estiver jogado de maneira pejorativa, ou incentiva-lo a fazer o mesmo com outras pessoas. A prática de bullying é muito comum no ambiente digital, e isso pode trazer danos psicológicos aos pequenos. 
Em alguns jogos muito populares, existem chats entre os participantes, onde é possível que um parceiro do time ofenda o outro jogador, que no caso pode ser uma criança, por conta de erros durante a partida. Por conta disso, antes de permitir que os pequenos joguem, é importante ensinar que é possível denunciar um jogador e que ele deve fazer isso quando notar uma má conduta.
Comentários preconceituosos também acabam sendo um risco. Ao ver outra pessoa tendo um comportamento agressivo, a criança exposta ao jogo sem uma supervisão dos pais pode se sentir influenciada e acabar imitando o outro jogador. É importante que os pais saibam que este tipo de comportamento pode inclusive ser denunciado para a justiça por prática criminosa e, por isso, orientem os filhos sobre o assunto. 
Para impedir que as crianças caiam na armadilha de se juntar aos chamados trolls, é essencial alertar que esse tipo de comportamento é errado. Dialogar com os filhos é uma ferramenta importante de prevenção. 

Senhas e cartões
A maioria dos games permite efetuar compras online, desde mensalidades do jogo até a aquisição de novas adaptações para as personagens. Para realizar as compras, além do pagamento ser em dólar, é necessário vincular o perfil do jogador a algum cartão.
Ao fazer isso, os dados do cartão de crédito são armazenados. No caso, de não haver uma orientação correta, a criança pode acabar realizando uma compra sem o consentimento dos pais.
Por isso, é importante orientar as crianças a sempre avisarem que querem comprar algo. Uma boa dica pode ser solicitar à administradora do cartão que envie notificações no momento em que as compras são efetuadas. Assim, é possível evitar surpresas quando a fatura chegar.
Se o perfil for roubado, é possível que o cibercriminoso compre novos itens utilizando a conta bancária cadastrada, além de ter acesso aos dados financeiros, portanto cuidados como criar uma senha segura e acompanhar as movimentações de compra são fundamentais.
Para garantir a segurança das crianças no mundo virtual, a ESET possui outros materiais que podem ser úteis. Para mais informações sobre educação digital infantil acesse o portal da ESET em: https://www.digipais.com.br/


O que fazer para proteger o seu filho

  • Estabeleça regras e horários de uso.
  • Use ferramentas de controle parental.
  • Mostre interesse nas atividades delas na internet. 
  • Dê exemplo: cuide do conteúdo que é consumido nos meios de comunicação por toda a família (televisão, rádio, internet, revistas, livros, etc.) Não assista, por exemplo, um filme com cenas inadequadas para menores de idade quando o seu filho estiver por perto.
  • Oriente seus filhos a oferecer o mínimo de informações pessoais nos seus perfis nas mídias sociais. Peça para ele não disponibilizar telefones, endereço, nome da escola etc.
  • Explique que ele não pode compartilhar a sua senha.
  • Peça para que  aceite como “amigo” apenas pessoas que ele realmente conheça.
  • Oriente o seu filho a não colocar fotos inadequadas. 
  • Conte para as crianças que as pessoas nem sempre são o que dizem ser. Oriente o seu filho a nunca aceitar a se encontrar pessoalmente com uma pessoa que conheceu pela internet.
  • Diga a criança que ao receber e-mails de pessoas, arquivos ou fotos estranhas, o correto é enviar direto para a lata de lixo.