O jovem de 18 anos que teve a testa tatuada com a inscrição "eu sou ladrão e vacilão" deixou a clínica onde faz tratamento contra o víco de crack e álcool. A saída ocorreu nesta quarta-feira (10 de outubro), depois de o rapaz receber alta após se submeter a 16 meses de tratamento.

Apesar de ter recebido alta, o jovem deve seguir recomendações para controlar a dependência química. Ele internou-se em junho do ano passado na clínica Grand House, em Mairiporã (SP), e recentemente foi transferido para outra unidade em Extrema (MG), de onde saiu em alta do tratamento.

Agora, ele irá morar na casa de um tio, em Embu das Artes, na Grande São Paulo. A clínica em que ele estava internado, contudo, destaca que a dependência química é uma luta diária, uma vez que se trata de uma doença crônica, e que o rapaz deve buscar grupos de apoio (12 passos) e demais recursos disponíveis para não ter recaídas.

Uma dessas recaídas, inclusive, ocorreu recentemente. Ele ganhou um celular da equipe de terapeutas que cuidavam de seu tratamento, mas acabou trocando o aparelho por drogas no dia 3 deste mês. Depois deste episódio, passou a não responder mais ao tratamento e começou a pedir para deixar a clínica. Como estava internado de forma voluntária, pôde deixar o tratamento. A família dele, contudo, já solicitou outra internação via promotoria.

Agressão

O jovem ficou famoso após ter a vtesta tatuada em junho do ano passado em São Bernardo do Campo. O pedreiro Ronildo Moreira de Araújo, 29, e o tatuador Maycon Wesley Carvalho dos Reis, 27, foram presos por tortura na noite de sexta feira (10) na Rua Jurubatuba, após gravarem um vídeo tatuando a frase "Eu sou ladrão e vacilão" na testa do rapazque na época tinha 17 anos.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, os dois homens cometeram o crime depois que o "adolescente tentou roubar uma bicicleta" – informação não confirmada pela polícia. Os dois chegaram a ser presos e condenados pelo crime em fevereiro deste ano, mas Maycon está em regime aberto desde o final de maio. Já Ronildo cumpre pena após ser condenado a três anos e seis meses de reclusão em regime inicial fechado pelo crime de lesão corporal gravíssima e de cinco meses e sete dias em regime inicial semiaberto pelo crime de constrangimento ilegal.