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Outros dois suspeitos de envolvimento na morte do jogador Daniel Freitas, de 25 anos, irão prestar depoimento nesta sexta-feira (09 de novembro) na Delegacia de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). São os jovens Igor King, de 19 anos, e David Willian da Silva, de 18, que devem ser ouvidos a partir das 10 horas, segundo informou o advogado dos dois, Robson Domacoski.

Assim como a família Brittes (Edison, o pai, Cristiana, a esposa, e Allana, a filha), os dois jovens foram presos temporariamente. Eles são suspeitos de ajudar o comerciante e assassino confesso a torturar o jogador durante a festa que acontecia na casa da família.

Igor e David tiveram as prisões preventivas decretadas na última quarta-feira e chegaram a ser considerados foragidos. Após se entregarem, negaram envolvimento no crime.

David era o ficante de Allana Brittes, filha do acusado de cometer o assassinato do jogador. Ele será o primeiro a ser ouvido e Igor falará em seguida. 

De acordo com o advogado dos dois, todos os homens que estavam na casa teriam participado do espancamento de Daniel. Domacoski também adiantou que seus clientes sustentarão a tese de que a ideia era "dar um susto" no jogador, deixando-o pelado numa rodovia.

Outros depoimentos

Além de David e Igor, outro suspeito de participação no crime que irá prestar depoimento ainda hoje é Eduardo Henrique da Silva, de 19 anos, que foi preso na última quarta-feira em Foz do Iguaçu, na região oeste do Paraná. Ele irá conversar com os investigadores logo após o término dos depoimentos dos outros dois jovens, que irão falar separadamente.

Ontem, uma tia e uma prima de Daniel, que moram em Minas Gerais, foram até a RMC para serem ouvidas pela polícia. De acordo com N ilton Ribeiro, advogado da família do jogador, elas conversaram por cerca de meia hora com a polícia e contaram que a aniversariante, Allana (que comemorava seu 18º aniversário) chegou a entrar em contato com a família, por telefone, se prontificando a ajudar após o desaparecimento do atleta.

Outras testemunhas que estavam na casa também já prestaram depoimento e ninguém relatou ter ouvido Cristiana gritando por ajuda – a defesa sustenta que ela teria sofrido uma tentativa de estupro – e que não viram a porta do casal arrombada.

Na cadeia

Ontem, Allana e Cristiana já foram levadas da delegacia de São José dos Pinhais para a Penitenciária Feminina de Piraquara. Edison, que também estava na carceragem dessa delegacia, foi transferido para o Centro de Triagem 1 da Polícia Civil.