Geraldo Bubniak – Beto Richa: segundo MPF

O juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Criminal de Curitiba, acatou denúncia da força-tarefa da Lava Jato contra o contador da família Richa, Dirceu Pupo, preso na Operação Integração, acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de atuar como “operador financeiro” de um esquema de cobrança de propina de concessionárias do pedágio no Estado em favor do grupo político do ex-governador Beto Richa (PSDB). Pupo e o primo do ex-governador, Luiz Abi Antoun foram denúnciados no último dia 21 por participação em organização criminosa e corrupção passiva.

Segundo as investigações, o contador tinha a função de promover a “lavagem” do dinheiro arrecadado com as propinas recebidas por Antoun em nome de Beto Richa, mediante a aquisição de imóveis. As investigações apuraram que Pupo operacionalizou o recebimento de pelo menos R$ 2,7 milhões, utilizados na aquisição de imóveis em nome da empresa Ocaporã, pertencente à família Richa. De acordo com o MPF, apesar do contador constar como administrador da empresa, que a comandava efetivamente era o ex-governador. 

De acordo com a denúncia, os valores utilizados por Dirceu Pupo para as aquisições dissimuladas de imóveis em favor da empresa da família Richa tinham como origem as propinas recebidas em espécie pelos operadores financeiros Luiz Abi e pelo irmão do ex-governador e ex-secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, José Pepe Richa em nome do tucano e, posteriormente, repassadas ao contador. Segundo o MPF, Luiz Abi administrava uma espécie de caixa geral de propinas e Pepe Richa arrecadava a propina diretamente de empresas que mantinham contratos com a Secretaria de Infraestrutura e Logística, dentre as quais as concessionárias de pedágio.

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