SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A confirmação da já esperada alta na taxa de juros americana e a divulgação de pesquisas de intenção de voto para presidente derrubaram em mais de 1% o valor do dólar nesta quarta-feira (26).

A Bolsa teve dia volátil, alternando entre perdas e ganhos.

O Fed (Federal Reserve, o banco central americano) confirmou a expectativa do mercado ao elevar em 0,25 ponto percentual a taxa de juros, para o intervalo de 2% a 2,25% ao ano. Foi o terceiro aumento promovido neste ano.

Para 2019, o BC dos EUA sinalizou mais três altas e um outro aumento em 2020. Isso colocaria os juros em 3,4%.

Notícias de alta de juros nos Estados Unidos tendem a motivar a valorização do dólar ante divisas emergentes, porque incentivam investidores a retirar dinheiro aplicado em países considerados arriscados.

No entanto, o mercado reagiu de forma distinta nesta quarta. O dólar chegou a recuar para a mínima de R$ 4,0110 e fechou em queda de 1,39%, a R$ 4,0260. O valor é o menor desde 21 de agosto.

“Havia algum temor de que o Fed poderia indicar mais aumentos dos juros no próximo ano, mas ele manteve a previsão de que devem ocorrer mais três novas altas em 2019”, explicou o economista-chefe da corretora Guide, Victor Candido.

De uma cesta de 24 divisas emergentes, o dólar perdeu valor para a metade delas.

No cenário doméstico, o mercado foi pautado por pesquisas eleitorais.

O levantamento do Paraná Pesquisas colocou Jair Bolsonaro (PSL) à frente de Fernando Haddad (PT) em uma eventual disputa no segundo turno. A notícia foi vista com otimismo por investidores.

Durante a tarde, nova pesquisa Ibope, encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), reestabeleceu o cenário de vantagem do petista. O noticiário externo ofuscou, no entanto, a atenção de investidores.

O Ibovespa, principal índice acionário, ganhou 0,03%, a 78.656 pontos.