A Justiça marcou nesta terça-feira (23) as primeiras audiências do caso da morte da advogada Tatiana Spitzner. Ela morreu em 22 de julho em Guarapuava (região central do Paraná) e seu marido, Luiz Felipe Manvailer, é acusado de matá-la. Ele é réu em um processo por feminicídio.
A primeira audiência ficou para o dia 11 de dezembro deste ano e a segunda, para 13 de dezembro.
As datas foram marcadas pela juíza Paola Gonçalves Mancini, da 2ª Vara Criminal de Guarapuava. Ela decidiu não aceitar o argumento da defesa de Manvailer, que alegou inépcia da denúncia. “a exposição dos fatos criminosos, a qualificação do acusado e a classificação dos crimes encontram-se devidamente delineados, não havendo motivos justificáveis para que se declare a inépcia da denúncia”, escreveu ela, em sua decisão.
As testemunhas convocadas são Bruno Miranda Maciocek, Marco Aurélio de Jesus Jacó, Leandro Dobrychtop, Joanez Gaspar Pinto Junior, Obadias de Souza de Lima Junior, Camila Gibran Matos Daher de Aguiar, José Ivo de Aguiar Oliveira, Antonio Marcos Machado, Roberta Kelly Alves da Silva, Luciano Cersosimo Agostinho, Adriana Maria Felix de Carvalho Cersósimo, Fernanda Ayres de Proença Sanchez, Hicham Reda, Caroline Sobanski Ferreira e Bruna Elisa Sobanski Ferreira.
No dia 22 de julho, Tatiane foi encontrada morta na calçada após ter caído da janela de seu apartamento. Seu marido foi acusado de tê-la matado e jogado o corpo pela janela. Ele foi preso no mesmo dia. O laudo do exame de necropsia do Instituto Médico-Legal (IML) confirmou que a morte foi por asfixia mecânica, "causada por esganadura e com sinais de crueldade". Quem divulgou a informação foi o diretor do IML, Paulino Pastre. O laudo saiu quase dois meses.
Segundo o laudo, o corpo apresentava evidências de luta antes da morte e que Tatiane, com certeza, morreu antes de cair do prédio. O exame toxicológico revelou elevado grau de alcoolemia no corpo de Tatiane, o que sugere que ela estava bastante fragilizada até para se defender no momento dos fatos ocorridos.
