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A Justiça negou o pedido de suspensão do processo feito pela defesa de Luis Felipe Manvailer, ex-marido da advogada Tatiane Spitzner e réu pela morte da mulher. Tatiane morreu no dia 22 de julho, ao cair da sacada do prédio onde morava com o marido no centro de Guarapuava, na região central do Paraná a 252 quilômetros de Curitiba.

Os advogados do réu afirmaram que não ficou claro na denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) qual foi a causa de morte de Tatiane. Por isso, pediram para que os promotores decidissem se Luis Felipe matou a esposa asfixiada e depois arremessou o corpo dela sem vida pela sacada ou se Tatiane morreu pelos ferimentos causados pela queda.

Na solicitação, os advogados argumentaram ainda que tal definicão era essencial para a formulação da defesa de Luis Felipe quando o laudo de necropsia estivesse pronto. O laudo deve apontar qual foi a causa de morte de Tatiane.

Na decisão, a juíza Paola Oliveira Mancini da 2ª Vara Criminal de Guarapuava, afirmou que, “a denúncia imputa ao denunciado duas condutas que teriam, em tese, sido praticadas por este, sem que uma exclua a outra”. Para ela, a não especificação da causa da morte por ausência do laudo de necropsia “não afasta a materialidade do delito, a qual está amparada por outros elementos indiciários que demonstram aptidão para o oferecimento da denúncia”.

De acordo com a juíza, "a prova da materialidade poderá ser complementada durante a instrução criminal do processo, consoante sedimentado entendimento dos tribunais”. A juíza também concedeu prazo final de 10 dias para apresentação da defesa preliminar do acusado. 

Manvailer, que está preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava, é acusado de ter matado a mulher. Imagens de câmeras de segurança do prédio em que eles moravam mostram uma série de agressões de Manvailer contra Tatiane na noite da morta dela. Pesam ainda sobre ele o fato de ter modificado a cena do crime. Após Tatiane cair,  Manvailer recolheu o corpo dela e fugiu no carro da vítima. Ele foi preso em São Miguel do Iguaçu, a 300 quilômetros de Guarapuva, já próximo a fronteira do Brasil com o Paraguai.

Os laudos que devem apontar a causa da morte de Tatiane ainda não foram concluídos. Porém, as fotos do corpo de Tatiane feitas para municiar o processo mostram sinais no pescoço dela que, de acordo com  peritos, poderiam indicar a causa morte com asfixia por esganadura.