SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Ministério Público de Minas Gerais conseguiu na Justiça uma liminar que obriga a Vale a adotar medidas de proteção ao patrimônio cultural nos municípios de Barão de Cocais, São Gonçalo do Rio Abaixo e Santa Bárbara, próximos ao complexo da mina de Gongo Soco, que têm estruturas com possibilidade de rompimento.


Com a decisão, a mineradora terá de mapear todo o bem cultural na área de risco, realizar um plano de resgate de acervos de igrejas e prédios históricos, bem como realizar um plano de contenção de rejeitos próximo a estruturas pertencentes ao patrimônio turístico da região.


A medida também exige da Vale informações sobre a estabilidade do complexo minerário de Gongo Soco, ações realizadas para a segurança do local e perspectivas quanto ao retorno da população evacuada de suas casas.


A Vale informou no dia 14 de maio ao Ministério Público que um talude da mina de Gongo Soco estava se movendo e poderia se romper. A empresa e o governo de Minas já trabalham com probabilidade alta de rompimento de diversas estruturas do complexo, o que causaria uma grande mancha de inundação no município de Barão de Cocais e proximidades.