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Conhecido pelas falas polêmicas e discurso anti-esquerda, o deputado estadual Ricardo Arruda (PSL) chamou ontem a ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que foi eleita no último domingo vice-presidente do país vizinho, na chapa liderada pelo presidente eleito Alberto Fernández, de “ladra”, em discurso na tribunal da Assembleia Legislativa. A declaração foi feita quando Arruda comentava a crise no Chile e a ascensão de lideranças de esquerda em países latino-americanos. O parlamentar acusou a Rússia e a Venezuela de financiarem movimentos de esquerda na região.

Retirada
O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), não gostou, e determinou que a fala do parlamentar do PSL – partido do presidente da República, Jair Bolsonaro – fossem retiradas das notas taquigráficas da sessão. Arruda, porém, não voltou atrás. “Eu continuo com a minha opinião sobre ela”, disse, alegando que investigações da Justiça argentina teriam supostamente comprovado envolvimento de Cristina Kirchner com episódios de corrupção. A Argentina é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.

Diárias
Um pedido de vistas do deputado Delegado Jacovós (PL) adiou ontem a votação pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do projeto da Mesa Executiva da Casa que estabelece novas regras para o uso da verba de ressarcimento para gastos dos parlamentares. A proposta, que prevê entre outras mudanças, o pagamento de diárias para viagens dos deputados, e o reajuste automático e anual do valor máximo da verba, hoje de R$ 31.470,00 mensais por parlamentar, já tem parecer favorável do deputado Tião Medeiros (PTB), e agora deve voltar à pauta da CCJ na próxima segunda-feira.

Diretores
Outro pedido de vista, desta vez do líder da bancada de oposição, deputado Tadeu Veneri (PT), também adiou a votação de parecer da CCJ para o projeto do governo que prevê a prorrogação dos mandatos dos atuais diretores de escolas públicas estaduais. Veneri lembrou que se houver a prorrogação, o fim do mandato desses diretores vai ocorrer no ano que vem, quando acontecem eleições municipais. Vice-líder do governo, o deputado Tiago Amaral (PSB) argumentou que a eleição dos novos diretores deve ocorrer nos meses de novembro e dezembro, após as eleições de prefeitos e vereadores.

Segurança
A APP-Sindicato, que representa professores e funcionários das escolas, é contra a proposta do Executivo. “Entendemos que esta é uma quebra da segurança jurídica porque mexe na lei que está em andamento e mais grave ainda, sem realizar um amplo debate”, disse o presidente da entidade, Hermes de Leão.

Fumo
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Curitiba aprovou ontem a admissibilidade do projeto do vereador Tico Kuzma (PROS) que prevê a proibição do uso de produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco, nos parques da Capital. O parecer favorável do líder do prefeito na Casa, Pier Petruzziello (PTB), considerou a medida é constitucional. Ele sugeriu que em vez de se criar uma nova legislação sobre o tema, Kuzma proponha uma alteração à lei atual, de 2009 de sua autoria, e que já prevê a proibição de fumar em locais fechados. Antes de ser votada em plenário, a matéria precisa ainda passar pelo crivo das comissões de Saúde, Bem-Estar Social e Esporte e de Serviço Público.