Franklin de Freitas

O deputado estadual Fernando Francischini (PSL) aproveitou o escândalo envolvendo a divulgação de mensagens trocadas entre o ministro da Justiça e ex-juiz Sergio Moro e procuradores da força-tarefa da operação Lava Jato do Ministério Público Federal para apresentar um projeto que pretende obrigar as empresas de aplicativos a alertar os consumidores imediatamente em casos de suspeita ou de invasão nos dispositivos.

Alerta
“O que aconteceu serviu de alerta e todos os cidadãos estão sujeitos a situações como essa que ocorreu, de serem expostos. Na nossa proposta, havendo suspeita ou mesmo a invasão de alguém não autorizado, a empresa prestadora do serviço deverá imediatamente bloquear esse acesso e enviar uma mensagem de alerta”, explicou o deputado. O projeto prevê que após esse bloqueio o programa solicite a senha de acesso, impressão digital ou reconhecimento facial para o desbloqueio. Também será possível a empresa enviar uma senha provisória de liberação ao número do celular ou e-mail cadastrado na instalação do aplicativo.

Alvo
A juíza Gabriela Hardt, da 13a Vara da Justiça Federal de Curitiba, afirmou nesta quarta-feira (12) que também teve o celular invadido. Por meio de nota, a Justiça Federal informou que ela teve o aplicativo de mensagens Telegram acessado indevidamente. Com isso, ela entrou para a lista de integrantes da Lava Jato, como o procurador Deltan Dallagnol, o relator da Lava Jato no Rio de Janeiro, desembargador Abel Gomes, e outros, que também relatam tiveram mensagens acessadas por hackers.

Cabeças
Treze deputados paranaenses foram listados entre os “100 Cabeças” do Congresso Nacional, de acordo com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). A relação inclui novatos, como o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Felipe Francischini (PSL), além de Aliel Machado (PSB), André Ferreira (PR), Ênio Verri (PT), Filipe Barros (PSL), Gleisi Hoffman (PT), Gustavo Fruet (PDT), Pedro Lupion (DEM), Ricardo Barros (Progressistas), Rubens Bueno (Cidadania), Sérgio Souza (MDB), Toninho Wandescheer (Pros) e Paulo Eduardo Martins (PSC). Curiosamente, nenhum dos três senadores do Estado: Alvaro Dias (Podemos), Flávio Arns (Rede) e Oriovisto Guimarães (Podemos) entrou na relação.

Totens
O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) multou o ex-diretor-geral do Detran, Marcos Traad, em de R$ 761.600,00, por irregularidades em um contrato com a empresa ABL System, para fornecimento de solução integrada de atenção ao usuário, abrangendo central telefônica de atendimento e serviços de atendimento remoto (totens), de TV digital e de envio de mensagens SMS inteligentes. Auditoria do tribunal apontou a ineficácia do serviço de TV digital oferecido pela contratada, a alteração irregular do objeto do contrato e o pagamento de locação de totens que se encontravam inoperantes entre outros problemas. Quatro ex-diretores do órgão, bem como o então responsável pela gestão do contrato, foram multados.

Prejuízo
O prejuízo paras os cofres públicos, segundo o TCE, teria sido de R$ 3.808.000,00. O ex-diretor administrativo e financeiro do Detran, Ivaldo Pedro Patrício foi multado proporcionalmente em R$ 112.438,10, quantia que corresponde a 10% sobre o dano apurado, o qual somou R$ 1.124.381,00. Já os ex-diretores técnicos e de desenvolvimento Hugo Fioravanti Seleme Collodel e Marco Aurélio Barbosa foram multados em R$ 4.154,00 cada.