José Fernando Ogura-AEN – Concessão do Parque Nacional do Iguaçu teve ágio de 350%

O número de turistas que desembarcam em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, para conhecer uma das Sete Maravilhas da Natureza deve dobrar nos próximos anos, como prevê o estudo que embasou a nova concessão do Parque Nacional do Iguaçu, que foi a leilão na última terça-feira. O governador Carlos Massa Ratinho Junior comemorou o resultado do certame e destacou os investimentos de cerca de R$ 4 bilhões previstos para os próximos 30 anos.

“O leilão promovido pelos ministérios do Meio Ambiente e da Economia mostrou que o Paraná tem um potencial turístico gigantesco, que será potencializado ao receber investimentos bilionários”, disse o governador. “A nova concessão trará uma grande transformação naquilo que já é maravilhoso. Esse patrimônio do Paraná e do Brasil terá uma reestruturação para comportar o volume de turistas que vêm ao Estado para visitar as Cataratas”.

O consórcio vencedor do leilão realizado na Bolsa de Valores foi o Novo PNI, composto pelas empresas Cataratas SA e Construcap. Eles ofertaram R$ 375 milhões pela outorga, um ágio de 350% sobre o preço mínimo estipulado pelo governo federal. Além desse aporte, o grupo se compromete a investir mais de R$ 500 milhões em novas infraestruturas e outros R$ 3,6 bilhões na operação do parque durante o período da concessão, previsto para 30 anos.

Outros

A fase de consulta pública do processo de Concessão do Parque Estadual do Guartelá, localizado no município de Tibagi, nos Campos Gerais, termina na próxima segunda-feira. Os interessados podem enviar sugestões a respeito da concessão.

O Parque teve sua concessão aprovada pelo Conselho de Parcerias do Paraná (CPAR). A modelagem é semelhante à do Parque Vila Velha, também nos Campos Gerais, na qual o Estado concede à iniciativa privada, por tempo determinado, a exploração comercial de atrativos em Unidades de Conservação (UC).

Também foram indicados e aprovados pelo CPAR, para fazer parte do projeto de concessão, o Jardim Botânico de Londrina, o Monumento Salto São João e o Parque Estadual do Monge. Eles estão em processo de estudos para o melhor modelo de viabilidade econômica.