Quem nasceu por aqui, com certeza, já ouviu diversas lendas paranaenses. Piratas, assombrações, índios que se transformaram em árvores, lugares que surgiram pela ira de deuses e muitas outras histórias fazem parte do imaginário popular e folclore do estado. No último sábado, 22 de agosto, comemorou-se o Dia do Folclore, instituído pelo Decreto nº 56.747, de 17 de agosto de 1965 no país, para valorizar as tradições e manifestações populares. Confira detalhes desta reportagem especial e as atrações culturais e de curiosidade para a semana. 


Lenda de Vila Velha

Crédito: Prefeitura de Ponta Grossa.

A Taça

A editora Camile Triska fez uma matéria especial sobre algumas lendas paranaenses. Aqui, a lenda da Vila Vela. Para as demais lendas, é só acesssar: https://curitibadegraca.com.br/dia-do-folclore-conheca-ou-relembre-dez-lendas-paranaenses/

Como surgiu o belo parque de Vila Velha? Segundo o povo, foi tudo obra de um furioso deus. A lenda conta que os primitivos habitantes dali chamavam a região de Abaretama, “terra dos homens”, onde escondiam o precioso tesouro Itainhareru, com a proteção de Tupã.

O tesouro era vigado pelos apiabas, os melhores homens de todas as tribos. Eles tinham todas as regalias possíveis, exceto o contato com mulheres, pois diziam que se elas soubessem do segredo do tesouro, espalhariam aos quatro ventos e os inimigos acabariam descobrindo, despertando a ira de Tupã.

Contudo, Dhui, o chefe supremo dos apiabas, era bastante mulherengo. As tribos rivais ao saberem disso, escolheram a bela Aracê Poranga para seduzi-lo e descobrir o segredo do tesouro. Ela levou até ele uma taça de Uirucuri (licor de butiás) para embebedá-lo. No entanto, a jovem acabou se apaixonando, tomou a bebida e dormiu com ele.

Ao descobrir a traição do apiaba, Tupã ficou furioso e provocou um terremoto sobre toda a região. A antiga planície se transformou em um conjunto de suaves colinas e Abaretama virou pedra. Em alguns pontos, o solo rasgou, dando origem às furnas de Vila Velha. O tesouro se derreteu e formou a Lagoa Dourada. Os dois amantes foram petrificados e junto deles se formou a taça de pedra, como símbolo da traição.

Segundo a lenda, quando as pessoas mais sensíveis à natureza e ao amor por ali passam, consegue ouvir Aracê falando: Xê pocê o quê, que significa, dormirei contigo.


Doutor Moysés Paciornik

Acervo

Na série especial Gente Leite Quente, a jornalista Irma Bicalho resgatou a biografia do médico Moysés Paciornik (foto) – paranaense respeitado em todo o país por técnicas e tratamentos inovadores.

Nascido em 1914, Moysés Goldstein Paciornik nasceu em Curitiba, formou-se médico pela Universidade Federal do Paraná, FPR em 1938. Especializou-se na área de Ginecologia e Obstetrícia e passou a trabalhar no Hospital de Crianças. Aprofundou seus estudos nas áreas de pediatria, hematologia, doenças vasculares, psicologia, doenças do recém-nascido, gastroenterologia e cardiologia. Também foi professor universitário e fundou na Universidade Federal do Paraná a cadeira de Higiene Pré-Natal, em 1952.

Fundou ainda o Centro Paranaense de Pesquisas Médicas, dedicado à prevenção do câncer ginecológico e ao atendimento às reservas indígenas no sul do Brasil. Foi o médico que implantou e incentivou o exame papanicolau no país.

Durante suas atividades com os indígenas, na década de 1970, observou a cultura das tribos caigangues, onde notou a saúde favorável das mulheres indígenas que praticavam o parto de cócoras. Mesmo tendo muitos filhos, elas preservavam a estrutura muscular pélvica de maneira muito mais eficiente que as mulheres da cidade. A partir desta constatação, Doutor Moysés passou a ser um incentivador do parto de cócoras.

Confira na íntegra em https://curitibadegraca.com.br/doutor-moyses-paciornik/


Teatro pelo Zoom e dança em stop motion

Reprodução/Teatro Guaíra

Solidão, medo, angústia são sentimentos usados pelo diretor Bruno Kott e os atores Mauro Schames e Nicole Cordery no projeto Pandas ou Era uma vez em Frankfurt, um espetáculo teatral on-line e ao vivo, transmitido pela plataforma Zoom, feito pelos artistas isolados em suas próprias casas (eles nunca se encontraram ao vivo) e com interação do público, que fica com os microfones ligados.

O espetáculo está em cartaz até o dia 30 de agosto, às 20h, com ingressos apenas para os dias 28 e 29. O preço é R$ 20 e a compra deve ser feita pela https://www.sympla.com.br/pandas.Para assistir, é necessário fazer o download do aplicativo Zoom (a equipe indica que seja no computador, mas no celular também funciona). No dia da apresentação, o link fica disponível no site e direciona automaticamente para o Zoom.

Quem também está fazendo diferente para chamar atenção do público é o Balé Teatro Guaíra (BTG), que lançou pelas redes sociais o Pocket Art  – um projeto com performances artísticas em stop motion, que aborda de forma divertida os desafios vividos em função do confinamento causado pelo coronavírus. Saiba mais em https://curitibadegraca.com.br/bailarinos-do-teatro-guaira-criam-performances-artisticas-em-stop-motion/.


Podcast Paiol Literário

Crédito: Luciano Pascoal.

Luci Collin é uma das entrevistadas. 

Desde 2006, acontece em Curitiba o Paiol Literário, que promove, no palco do icônico Teatro Paiol, bate-papos com autores de todo o país para debater o cenário da literatura e a leitura no Brasil. Mas, se você nunca conseguiu participar de um desses encontros, agora tem a chance de ouvi-los na sua casa.

O Itaú Cultural, em parceria com o jornal literário Rascunho, idealizador do Paiol Literário, está disponibilizando podcasts das gravações das entrevistas. Entre os já divulgados estão escritores como Ana Maria Machado, Cristovão Tezza, Ruy Castro, Miguel Sanches Neto, Rubens Figueiredo, Luci Collin, Marina Colasanti e outros da primeira e segunda temporada do Paiol Literário. Você pode acessar em: https://www.itaucultural.org.br/paiol-literario.


Músicos paranaenses lançam novas composições

Divulgação

Carol Biazin & Vitão durante as gravações do clipe. 

A paranaense Carol Biazin, em parceria com Vitão, lançou na última sexta-feira (21/08), o single e clipe “Sempre Que Der” https://www.youtube.com/watch?v=zcr3xClaG_8). Composta durante um camping de composição, o single já está escalado para o novo álbum de Biazin, que deve ser lançado no final do ano.

O compositor e saxofonista paranaense Rodrigo Nickel acaba de lançar o álbum, Let It Blow, gravado com outros dez músicos do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e até dos Estados Unidos, cada um em sua casa. O disco é composto por dez músicas autorais e inéditas que homenageiam grandes nomes do rock e do blues, como Fats Domino, Lee Allen e King Curtis.

O músico, que é de São José dos Pinhais, é formado em saxofone e arranjo e composição pelo Conservatório de MPB de Curitiba e já tocou e gravou com as bandas Goya, Glóbulos Verdes, Velho 7, Cordel de Prata, Matorrales, Confraria da Costa, entre outras. Atualmente, participa das bandas Jelly Roll (jazz e blues) e Dinamite Combo (funk e soul).
O álbum Let It Blow está à venda pela internet. Basta acessar, https://app.picpay.com/user/rodrigo.nickel/20.0 e fazer uma contribuição – o preço sugerido é R $ 20. Depois de fazer a compra, uma pessoa pode realizar o download das dez músicas, capa e contracapa do disco, videoclipe oficial e ficha técnica com diversas informações e curiosidades.

Confira o vídeo da música Let It Blow, que dá nome ao álbum: (https://youtu.be/xWAYC9ayPvc)

Outro lançamento é do roqueiro curitibano Marco D’Lacerda, que divulga, a partir de 28 de agosto, uma série de singles ao público, a começar pela canção  Amor em Quarentena, pelas suas mídias sociais (https://www.facebook.com/marcodlacerda e https://www.instagram.com/marcodlacerda/). Em novembro, o cantor lança a álbum completo. Saiba mais em: https://curitibadegraca.com.br/cantor-curitibano-lanca-ep-que-traz-o-bom-e-velho-rock-and-roll-com-o-peso-do-heavy-metal/.


História e Filosofia

Cartaz do filme Matriz

O que Platão e a trilogia Matrix têm em comum? Muito mais do que você imagina! A história do cinema está repleta de títulos de sucesso que se baseiam em questões filosóficas e tratam das relações e questionamentos humanos.

O professor de História e Filosofia do Colégio Marista Maringá, Paulo Asalin, explica que a Filosofia estuda o conhecimento, a natureza do ser humano, temas sempre presentes na ciência. “A filosofia, não pode limitar-se a livros e textos, que somente serão lidos e interpretados por estudantes e estudiosos. Os temas devem ser divulgados para que possam chegar a todas as pessoas e induzirem a pensar e analisar as situações, gerando uma sociedade mais consciente e ativa nos problemas que vive”, analisa.

Segundo ele, o cinema pode ser considerado como uma mola impulsora para a atividade filosófica, pois permite um conhecimento do mundo que transpassa o lazer. Como diversos ensinamentos podem ser tirados de filmes, seriados e teorias, problemas e soluções podem ser transmitidos pelos enredos, o professor Asalin listou alguns títulos para estudar filosofia na prática.

Os títulos sugeridos são: The Good Place (série da Netflix), Merlí (disponível naa Netflix), Lost (disponível no NOW da Net e Claro TV), Matrix ( pode ser acessado pelo Telecine Play e no Looke), Show de Truman (pode ser acessado pela Netflix), A Origem (Netflix e no Looke), Minority Report – A nova lei (disponível na Netflix, Amazon Prime, NOW e GloboPlay), Sherlock Holmes (na Netflix, no Looke e no NOW).

 

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