SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O jornal americano The Washington Post relembrou nesta terça-feira (11), aniversário de 17 anos dos atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York, uma entrevista de Donald Trump após a queda do World Trade Center.

O hoje presidente foi uma das primeiras públicas a falarem à TV WWOR. A entrevista foi possível porque o diretor de jornalismo do canal, Will Wright, entrou em contato com Alan Marcus, assessor de Trump na década de 1990, logo após o ataque.

Segundo Marcus, Wright o procurou porque precisava da declaração de uma celebridade. O assessor afirmou que o empresário tinha ficado nervoso sobre a ideia de falar, mas acabou aceitando a proposta da emissora.

A entrevista, de dez minutos, foi acompanhada pela âncora de plantão da WWOR, Brenda Blackmon, e pelo próprio Marcus, que era comentarista da emissora. O empresário falou por telefone com os jornalistas.

Trump, que estava em seu apartamento na Trump Tower (a 6,7 km do World Trade Center), disse não acreditar no que via de sua janela que dava para o prédio. “Agora estou olhando para o nada. Foi-se. É difícil de acreditar.”

Pouco tempo depois, ele seria questionado se um de seus prédios de Nova York, o 40 Wall Street, a 1 km do WTC, havia sido afetado. Antes de responder a pergunta, porém, fez uma colocação sobre o complexo.

“O 40 Wall Street era o segundo prédio mais alto do sul de Manhattan e era, antes da construção do World Trade Center, o mais alto —e então, quando o fizeram, virou o segundo mais alto. E agora é o mais alto.”

Âncora do plantão da WWOR, Brenda Blackmon afirmou ao Washington Post ter ficado assustada. “Qualquer reação que eu tivesse, em meio ao que estava acontecendo, seria, uau, que insensível. E foi exatamente isso.”