SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O fotógrafo Joseph Michael, 37, cresceu nos alpes do sul da Nova Zelândia e conta que se apaixonou pelas paisagens remotas de seu país. Em 2015, ele deu um passo além: embarcou em uma expedição pela Antártica para retratar um ambiente quase intocado pelo homem.


Para organizar fotografias e filmagens, Michael deu nomes humanos aos icebergs, como Nelson e Jacques. Ele diz que essa técnica, além de ser um “método científico” de organização, torna as formações de gelo ainda mais cativantes.


Desde então Michael tem se dedicado a diversos projetos relacionados à expedição. Em 2017, por exemplo, o fotógrafo projetou em um museu de Auckland imagens dos icebergs em tamanho real, com vídeos e sons de quando racham e quebram.


“Vivemos em uma era na qual o comportamento humano é o fator dominante na formação do meio ambiente. As megacidades estão apagando a natureza sobre a qual são construídas”, afirma Michael.


Quem navega pela Antártica há anos percebe aumento de rochas visíveis, o que indica derretimento de gelo provocado por mudanças climáticas, diz Michael. Ele também afirma que se surpreendeu na viagem com uma temperatura de 20ºC, considerada alta.


Ele planeja lançar neste ano um livro sobre a Antártica. Algumas das fotos estão publicadas no Instagram @joemichaelmedia.