Ricardo Stuckert

CATIA SEABRA E GÉSSICA BRANDINO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava reunido com advogados para definir sua estratégia por volta das 16h desta sexta-feira (6). Mas a tendência é sugerir que o busquem em São Bernardo do Campo.

Petistas afirmam que ele não está recusando a se entregar. Só vai esperar o cumprimento da ordem de prisão.

No carro de som diante do sindicato, políticos e sindicalistas se revesam com falas em defesa de Lula, contra Moro e a decisão do Supremo de negar habeas corpus a Lula.

Vicentinho do PT disse que estão questionando o que farão diante da decisão do Supremo, que ele chamou de Supremo de frango, e afirmou que haverá resistência.

"Quando o Estado é opressor, os oprimidos têm direito à desobediência civil e é por isso que estamos com Lula", disse.

A deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) afirmou que Lula está sendo vítima de uma perseguição política por ser nordestino, ter coragem, ousadia, disputar o poder e fazer o melhor governo que o país já teve. "Pensam que o Lula é um só, mas ele está em cada um de nós. Quem aqui é, Lula?", perguntou sendo aplaudida pelos manifestantes.

O deputado Marco Maia (RS) falou a militantes que as elites do país "estão mexendo com fogo, com perigo" e declarou que quem mexer com Lula, terá que aguentar a militância do partido. "A força não está na avenida Paulista, nas elites, mas na rua com o povo."

Os manifestantes agora acompanham um ato inter-religioso, com término previsto para às 17h.