Os 13 réus acusados de matar cinco jovens em 2009 serão ouvidos neste sábado (7), no Tribunal do Júri de Curitiba. Depois, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) e os advogados de defesa farão sustentações orais. Por fim, o júri popular que analisa o caso se reúne para decidir se os policiais são culpados ou inocentes. O caso, que teve grande repercussão, promete ser o mais longo da história do Tribunal no Paraná.

O julgamento começou na quarta-feira (4). Nesse dia, foram ouvidas 10 testemunhas de acusação, apresentadas pelo MP). Na quinta-feira (5), foi a vez das testemunhas de defesa. A defesa desistiu de metade das pessoas arroladas, o que encurtou as audiências. Nesta sexta, a Justiça terminou de ouvir todas as testemunhas de defesa.

O CASO

O fato ocorreu na região do Alto da Glória, próximo ao Estádio Couto Pereira, e ficou marcado como a Perseguição do Alto da Glória. Os cinco mortos, segundo os policiais, ignoraram ordens de parada, furaram bloqueios policiais e, após baterem o Gol, desceram do carro já atirando. Dois foram baleados no início do confronto; outros três, minutos depois, após nova troca de tiros. Os cinco foram levados ao Hospital do Cajuru, pelas próprias equipes da PM. Todos morreram ao dar entrada no Hospital, segundo a defesa dos policiais.

Já a acusação alega que os suspeitos foram executados – eles teriam se entregado após a abordagem. A acusação se baseia em imagens de vídeos captadas durante o suposto confronto, que mostraria um dos suspeitos dominado pelos policiais. As famílias dos jovens acompanham o julgamento.

A acusação envolveu 14 policiais. No entanto, um deles já morreu. Os outros 13 são réus.