Divulgação – Terra da poncã no Ribeira

O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento lançaram, no domingo (14), em Cerro Azul, no Vale do Ribeira, durante a Festa Nacional da Poncã, o projeto de um viveiro de mudas que permitirá prolongar a oferta da fruta fora da estação fria do ano.

A medida vai garantir segurança na produção, fundamental para a economia da cidade. O município é considerado o maior produtor de tangeria poncã do País e tem o título de Capital Estadual da fruta.

O viveiro de mudas de citros será instalado na estação experimental do Iapar, que prestará apoio técnico aos produtores. O local será gerido pela prefeitura e pelo Sebrae e vai administrar mudas e borbulhas (gemas) de poncã, que permitirão prolongar a oferta da tangerina no mercado, beneficiando produtores e consumidores.

O programa também tem o objetivo de incentivar o desenvolvimento das indústrias de suco e das cooperativas na região, com a comercialização de produtos de valor agregado, e deve gerar nova oportunidade de renda para milhares de famílias, ainda vocacionadas aos pequenos negócios.

O município de Cerro Azul é campeão nacional na produção de tangerina poncã, com um volume anual ao redor de 50 mil toneladas, que equivale a 46% do total de tangerinas produzidas no Estado e 7% da produção nacional.

O viveiro desenvolvido pelo Iapar para Cerro Azul tem como objetivo transformar o conceito de produção de mudas de tangerina poncã na região. Atualmente, elas são produzidas em condições rudimentares, com as borbulhas coletadas nos pomares e cultivadas a céu aberto, sem proteção, o que impede inclusive a uniformidade na qualidade das plantas. Esse método não impede a plantação de mudas muito produtivas ao lado de outras que não se adaptam muito bem ao clima e ao solo, nem ao menos o controle sobre precocidade ou produção mais prolongada. Com o viveiro, haverá um padrão genético e fitossanitário.