Um estudo feito nos Estados Unidos pelo do Instituto de Engenharia Biomédica da George Washington University, James K. Hahn, pode provocar uma reviravolta surpreendente no caso Isabella Nardoni. Nas análises encomendadas pelo criminalista Roberto Podval, que defende Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina morta aos 5 anos, em 2008, os resultados apontaram que as marcas no pescoço da menina não foram causadas por mãos humanas.

Alexandre e Anna foram condenados, respectivamente, a 31 anos de prisão e a 26 anos e 8 meses por homicídio qualificado. Na acusação feita pelo Ministério Público Estadual (MPE), as marcas no pescoço da menina são apontadas como tendo sido causadas pelas mãos de Anna Carolina.

O resultado do laudo aponta ainda que as marcas não foram resultado de esganadura feita pelo pai da criança, e diz que as marcas “não são compatíveis com a morfologia das mãos de Anna e de Alexandre”.

Segundo reportagem do Estadão, Podval acredita que as marcas no pescoço de Isabella podem ter sido provocadas na queda da menina do apartamento, quando a menina passou por uma pequena palmeira no jardim. “O laudo diz que as marcas não foram causadas por mãos humanas, mas não diz o que as pode ter causado. Ele é inconclusivo nesse ponto. Mas acredito que elas podem ter sido causadas na queda”, afirmou o criminalista.

Para fazer as análises, o criminalista fez moldes das mãos dos dois acusados. O estudo da equipe do professor Hahn foi desenvolvido com base nas articulações das mãos e dos dedos.