BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, registrou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sua terceira tentativa de chegar ao Planalto.

A chapa Unidos para Transformar o Brasil, com Eduardo Jorge (PV), foi registrada na noite desta terça-feira (14). 

Além disso, Marina também entregou a sua declaração de bens. Ela declarou ter R$ 118 mil em bens. Na lista, estão uma casa em Rio Branco no valor de R$ 60 mil, e seis lotes na chácara El Shaday, na mesma capital.

A ex-senadora também lançou as diretrizes de seu programa de governo. Ela defenderá, por exemplo, que o direito ao casamento homoafetivo deve ser protegido por lei.

O programa também estabelece que a ficha limpa seja uma exigência para a ocupação de cargos no serviço público e o fim da indicação política para órgãos de controle externos. 

Para a equipe de Marina, há 168 estatais cuja privatização deve ser analisada. O texto não detalha quais são as empresas, mas afirma que se a candidata for eleita, não serão privatizadas a Petrobras, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. A Eletrobras, porém, terá sua venda analisada por um eventual governo Marina Silva.

Na área econômica, o documento também critica o protecionismo e diz que o Brasil tem sido “muito tímido em negociações de livre comércio”.

Sobre a reforma da Previdência, o programa é vago: diz que a reforma é inevitável, e que será estabelecida uma idade mínima -não diz, porém, qual. Além disso, defende uma reforma tributária, com a implantação de um imposto que reúna o PIS/Cofins, IPI, ICMS e ISS.

A candidata defende que seja feita ainda uma reforma política. Entre os pontos defendidos estão o fim da reeleição, mandatos de cinco anos a partir de 2022, a implementação de um sistema distrital misto e o fim da suplência no Senado. 

Nas diretrizes, Marina também afirma que pretende reformular o Fundo Eleitoral e do tempo de TV para que haja “maior equidade”. A Rede, seu partido, é uma das principais afetadas pela cláusula de barreira que tem como objetivo diminuir o número de siglas no país.