Daniel u00e9 acusado de matar Renata Muggiati

O Departamento da Polícia Civil do Paraná confirmou no fim da tarde desta quinta (12) que o médico-legista Daniel Colman foi indiciado por falsa perícia no caso envolvendo a morte da fisiculturista Renata Muggiati. A Polícia Civil não pode dar mais detalhes porque o caso tramita em segredo de justiça.  Diante da notícia do indiciamento, a Direção da Polícia Científica do Paraná vai afastar o servidor das funções no Instituto Médico Legal (IML). 

O primeiro exame do IML indicou que a fisiculturista tinha se suicidado ao se jogar  pela janela do 31º andar no dia 12 de setembro de 2015. Mas outros quatro laudos diziam que ela tinha sido asfixiada antes da queda. Por causa do primeiro laudo, o médico Raphael Suss Marques, namorado dela à época, acusado do crime, acabou sendo solto. O primeiro laudo confirmava a versão do médico de que Renata teria se jogado da janela do 31º andar. 

Diante dos resultados diferentes dos exames, o MP-PR e a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) abriram, então, investigações para apurar porque saíram laudos do IML com resultados opostos. Para esclarecer as dúvidas sobre a morte de Renata, a Justiça determinou a exumação do corpo. O laudo errado era o assinado por Collmann, por isso ele foi afastado

Audiência – Raphael Suss, acusado de matar a fisiculturista Renata Muggiati, foi ouvido em audiência sobre o caso  na tarde desta quinta (12),  no Juizado da Violência Doméstica de Curitiba. Além de Raphael, estão sendo ouvidos os peritos, os pais do acusado e também a responsável pela investigação sobre o primeiro laudo da morte de Renata, a delegada da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Aline Manzatto. A acusação e os familiares de Renata esperam que o caso mude de rumo com a confirmação de que o resultado do primeiro laudo foi falsificado.  

Demissão – Sobre o procedimento administrativo disciplinar aberto contra Daniel Collmann na época dos fatos, a Polícia Científica já concluiu os trabalhos recomendando a demissão do servidor. Este procedimento foi encaminhado para Secretaria da Segurança Pública do Paraná e está no departamento jurídico da pasta para análise e parecer. Caso seja acolhida a decisão, o procedimento será remetido à governadora do Estado para última análise.