GUSTAVO URIBE E TALITA FERNANDES

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Em sua primeira entrevista no cargo, o novo ministro da Educação, Rossieli Soares, disse nesta terça-feira (10) que a sua meta é homologar até o final do ano a nova base curricular do ensino médio.

Na saída de cerimônia na qual tomou posse, no Palácio do Planalto, ele disse esperar que a proposta esteja madura para ser aprovada no segundo semestre pelo Conselho Nacional de Educação.

A base curricular foi apresentada na semana passada pelo Ministério da Educação. Ela define conteúdos que devem ser ensinados a todos os alunos e orienta escolas do país inteiro na elaboração de currículos e produção de livros didáticos.

"Ela foi entregue ao Conselho Nacional de Educação. Vai ocorrer o debate e esperamos que, estando maduro, possamos aprovar no final deste ano ainda. Ele deve entrar em vigor no final do ano", garantiu.

Hoje, o ensino médio é o maior gargalo da educação, com desempenho estagnado e altas taxas de evasão e reprovação.

Na entrevista à imprensa, o ministro criticou episódios de violência em manifestação nesta terça-feira (10) de estudantes da UnB (Universidade de Brasília).

Eles entraram em confronto com a Polícia Militar em protesto pelo repasse pelo Ministério da Educação de mais recursos à unidade de ensino.

"Nós estamos abertos ao diálogo. A reitora, no entanto, não nos procurou. Mas desde que seja diálogo, não agressividade, como a gente viu dentro da manifestação", disse.

Ele negou que tenha havido cortes para as universidades federais e disse que já foram disponibilizados para a UNB 60% dos recursos orçamentários previstos neste ano para custeio.

"Nós temos certeza que a UnB vai conseguir seguir com o orçamento previsto e planejado por eles. Até setembro, teremos outra janela para ver como se comporta o orçamento. Aí podemos voltar a conversar", afirmou.