Valquir Aureliano

A Câmara Municipal de Curitiba aprovou, na quarta-feira, por unanimidade, moção de apoio à vereadora eleita Carol Dartora (PT), vítima de ataques racistas e ameaças de morte. A proposta foi apresentada pela Professora Josete (PT). Desde que a notícia da ameaça surgiu, no domingo, os vereadores têm dado seu apoio em plenário a Carol Dartora, primeira mulher negra eleita para a Câmara da Capital paranaense. “Não podemos nos calar diante de atitudes racistas. Ela tem sofrido várias ameaças e manifestações de racismo, mas a última foi bastante violenta. Isso nos leva a tomar atitudes mais sérias no sentido de nos manifestar contrários a essa atitude”, disse Josete. “Lamento estarmos vendo, no século 21, um cenário como esse”, afirmou Noemia Rocha (MDB).

Vergonha
“Coloco todas as esperanças na Polícia Civil para localizar este grupo. Porque possivelmente não é algo (que vem de) uma única pessoa”, disse Herivelto Oliveira (Cidadania), que homenageou Dartora no Dia da Consciência Negra na Câmara. “O racismo estrutural é uma realidade, não é vergonha reconhecer isso. Vergonha é tentar ocultar isso”, acrescentou Dalton Borba (PDT). Na mesma linha, Maria Leticia (PV) argumentou que “não existe racismo que não seja estrutural. Todo racismo é estrutural, porque não é um ato, é um processo”.

Vacina
Os deputados Michele Caputo (PSDB), Alexandre Amaro (Republicanos) e Rubens Recalcatti (PSD) apresentaram projeto de lei que define as diretrizes estratégicas para a vacinação contra a Covid no Paraná.”Separamos recursos para compra de vacina, estamos avançando na questão logística e de insumos, e agora depois de aprovarmos as diretrizes, poderemos estabelecer o nosso Plano Estadual de Vacinação”, disse Caputo, coordenador da Frente Parlamentar do Coronavírus.

Eficácia
São oito diretrizes previstas no projeto que vão desde os princípios de eficácia e segurança da vacina, o estabelecimento do Plano Estadual de Vacinação, e a priorização de grupos de risco e regiões mais afetadas. O projeto também estabelece questões técnicas, como locais de armazenamento adequados, garantias de insumos como seringas e agulhas, e a realização de campanhas de conscientização, incentivo à vacinação e combate a fakenews. “A gente tem que entender que não importa a origem da vacina, se ela tiver o registro, tem que tomar. Se a do Butantan tiver pronta agora em janeiro já poderemos imunizar os profissionais de saúde e indígenas, se a da Pfizer for entregue logo, poderemos imunizar idosos e outros grupos de risco. O que não pode é ficar esperando”, defendeu o parlamentar.

Acinte
O vice-presidente nacional do Cidadania, deputado federal Rubens Bueno, chamou de “acinte” à população a decisão do governo Jair Bolsonaro de isentar de impostos a importação de armas. “Isso é um acinte a todos nós, principalmente no momento em que o Brasil demanda de insumos, vacinas, para enfrentar o coronavírus”, criticou.

Armas
Bueno cobrou ainda ação do governo na estruturação no enfrentamento da pandemia. “Não é com armas que se combate o coronavírus, que já matou quase 180 mil pessoas. O que o país precisa é da presença do governo, que necessita urgentemente uma política nacional de imunização”, afirmou. Bueno elogiou ainda a iniciativa do líder do Cidadania na Câmara, deputado Arnaldo Jardim (SP), de apresentar(Projeto de Decreto Legislativo para derrubar a resolução da Camex (Câmara de Comércio Exterior) que zera a alíquota de impostos para revólveres e pistolas.