SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O croata Luka Modric, 33, quebrou o duopólio de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi no prêmio de melhor do mundo da Fifa.

Modric, que já havia sido escolhido o melhor da última Copa do Mundo, na Rússia, derrotou o português e o egípcio Mohamed Salah, os outros dois finalistas.

Desde 2008, os vencedores do prêmio foram sempre Cristiano Ronaldo ou Lionel Messi. Cada um ganhou cinco vezes, e o português havia sido o eleito nas duas últimas temporadas. Nova vitória faria o atacante da Juventus igualar o número de troféus de Marta, premiada minutos antes.

Esta foi a primeira vez, desde 2006, que um jogador que não é atacante ou meia-atacante foi escolhido como melhor do mundo. Naquele ano, o zagueiro italiano Fabio Cannavaro ganhou. Esta também foi a primeira vez que um croata ficou com o troféu.

Além de ter vencido a Champions League com o Real Madrid, Modric foi eleito pela campanha no Mundial, quando foi o principal nome da Croácia, que surpreendeu e chegou à final, sendo derrotada pela França por 4 a 2.

Cristiano Ronaldo, ex-companheiro de Modric no Real Madrid, não compareceu à festa da Fifa. O motivo da ausência não foi confirmado, mas dessa forma ele repetiu o que fez o finalista do ano passado Lionel Messi.

Pela primeira vez desde 2006, o argentino não entrou na lista de finalistas para o prêmio, resultado que pode ser atribuído à derrota do Barcelona nas quartas de final da última Champions League e à campanha ruim da Argentina na Copa do Mundo.

A seleção foi eliminada nas oitavas de final. O atacante fez apenas um gol no torneio e teve atuações apagadas.

Salah levou como consolação o Prêmio Puskas de gol mais bonito da temporada, marcado contra o Everton, pelo Campeonato Inglês.

Ele superou gols de bicicleta marcados por Cristiano Ronaldo e Gareth Bale e a finalização de Messi contra a Nigéria, no Mundial. O futebol brasileiro participava com o gol do uruguaio De Arrascaeta, jogando pelo Cruzeiro.

Se a escolha de Salah foi surpreendente, o mesmo não pode ser dito da premiação de melhor técnico do ano.

Didier Deschamps, campeão do mundo com a França, foi o escolhido e recebeu o troféu das mãos de outro francês: Arséne Wenger, que foi treinador do Arsenal (ING) durante 22 anos e deixou o clube ao fim da última temporada.

O goleiro belga Thibaut Courtois foi escolhido o melhor do ano na sua posição também pelas atuações da seleção belga no torneio na Rússia. Em seguida, ele trocou o Chelsea pelo Real Madrid.

O brasileiro Jackson Follmann, sobrevivente do acidente aéreo da Chapecoense, anunciou o nome de Courtois, ao lado do ex-goleiro holandês Edwin van der Sar.

O prêmio de melhor técnico de futebol feminino foi entregue para o francês Reynald Pedros, do Lyon (FRA).

A Fifa também anunciou na cerimônia o Fifa Pro de 2018, que seria a seleção do ano para a entidade, o que mostrou algumas inconsistências.

Finalista na premiação de melhor do ano, Salah não entrou na equipe dos 11 ideais. Courtois foi o principal goleiro da temporada, mas, no Fifa Pro, o escolhido foi o espanhol David De Gea.

A escalação escolhida, com dois laterais brasileiros, foi: De Gea; Daniel Alves, Varane, Sergio Ramos, Marcelo; Modric, Kanté, Hazard; Messi, Mbappé e Cristiano Ronaldo.