O humorista Aloísio Ferreira Gomes, mais conhecido como Canarinho, morreu aos 86 anos no início da tarde de hoje, segundo informou a assessoria de imprensa do SBT. 

Ele havia sofrido um infarto agudo do miocárdio no último domingo e estava internado no hospital Santana, em Mogi das Cruzes (interior de São Paulo). Ainda não há informações sobre o enterro e o velório. 

Nascido em Salvador, Canarinho começou a trabalhar com 17 anos. Aos 20, já cantava na rádio Excelsior, da Bahia. 

Em 1955, foi morar em São Paulo, onde passou a cantar com Russo do Pandeiro, ex-integrante do Bando da Lua, na rádio Nacional. 

Trabalhou na TV Paulista, onde integrou o humorístico “Praça da Alegria”, de Manoel da Nóbrega, pai de Carlos Alberto de Nóbrega. Manoel e Canarinho se tornaram amigos próximos. Passou também por outros programas, como “Folias do Golias” e “Balança, Mas não Cai”. 

Além de atuar, era também redator, escrevendo para “Programa Show Canarinho”, “Domingo é Dia”, “Brincadeira tem Hora”, entre outras atrações televisivas cômicas. 

Foi também ator de novelas, como “Meu Pedacinho de Chão”, “Paixão Proibida” e “Sinhá Moça”, além da série “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, da TV Globo. 

No cinema, participou de filmes da época da pornochanchada, entre os quais se destacam “Snuff, Vítimas do Prazer” (1977), de Cláudio Cunha, e “Nos Tempos da Vaselina” (1979), de José Miziara. Ao todo, trabalhou em mais de dez longas. 

Foi colunista de esportes do jornal “Folha da Manhã”, jornal do Grupo Folha (que edita a Folha). 

Com Carlos Alberto, fez o humorístico “A Praça é Nossa”, no SBT, onde trabalhava desde 1987. Como Canarinho, ele fazia um quadro em que, ao conversar no telefone, tirava sarro de um valentão da praça. 

“Lamentamos a perda do humorista e deixamos nossos sentimentos aos familiares, amigos, admiradores e colegas de trabalho de Canarinho”, disse o SBT em nota.