SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Morreu na tarde desta terça-feira (4) o menino americano Tancrède Bouveret que mobilizou as redes sociais por um transplante de medula óssea, em 2015. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Quando tinha 11 anos Tancrède foi diagnosticado com uma síndrome mielodisplásica -um tipo raro e agressivo de leucemia-, e precisava de um transplante de medula urgente.

Os pais e amigos do garoto começaram uma campanha na internet para encontrar um doador compatível. A campanha ganhou o apoio de artistas e atletas como o jogador Neymar. A página "Campanha Tancrède" no Facebook, que incentiva a doação de medula e de sangue, tem mais de 18 mil curtidas. Três meses após o início da campanha, a família encontrou uma doadora compatível nos Estados Unidos.

Ela foi encontrada por uma mãe de um colega de escola de Tancrède, que entrou em contato com bancos de tecidos internacionais. Como era americana, a mulher que gerou Tancrède para seus dois pais, era mais provável que genes daquele país fossem mais compatíveis com os dele.

Ele recebeu a medula óssea em julho de 2015 e, após todas as etapas do tratamento, se curou. Após a cura do menino, um dos pais, o francês Luc Bouveret, lançou o livro "O homem que deu à luz – a luta de um pai para gerar (curar) seu filho".

O livro narra a luta para gerar o filho e a corrida contra o tempo para conseguir doações de medula para salvá-lo. A doença voltou em abril deste ano e Tancrède foi novamente internado para tratamento.

Os pais chegaram a fazer outra campanha nas redes sociais de doação de sangue para o garoto. Nesta terça, os pais informaram na página oficial do garoto no Facebook que a leucemia tinha atacado o pâncreas, rim e fígado. Horas depois, Tancrède morreu.

O velório e a cerimônia de cremação do menino ocorrem nesta quarta (5) no cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.