Divulgação – Fernando Calderari e a filha Maria Fernando em foto tirada em agosto deste ano

O artista plástico paranaense Fernando Calderari morreu nesta madrugada de terça-feira, 14 de dezembro, aos 82 anos.  Narural da Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba, Calderari nasceu em 19 de fevereiro de 1939.

A morte foi de causas naturais, de acordo com as informações de amigos dos familiares. 

Calderari deixa dois filhos, entre eles, a também pintora Maria Fernanda, e 2 netos. 

Velório

O corpo do artista será velado no Cemitério Parque Iguaçu, a partir das 10 horas e o enterro está previsto para as 17 horas. Por conta da pandemia, o velório será restrito aos familiares e alguns amigos mais próximos. 

Carreira

Natural da Lapa, foi discípulo de Guido Viaro e transitou por linguagens como pintura, desenho, gravura e escultura com ferro. Nos anos 1960 impulsionou um movimento de renovação nas artes plásticas paranaenses no sentido do expressionismo figurativo no lugar do academismo.

Na década seguinte, retomou a linguagem figurativa encaminhando-se em direção ao que seria a sua marca: as paisagens marinhas. Professor de várias gerações, artista premiado, Calderari ficou conhecido internacionalmente pelos retratos de suas marinas. 

Fernando Calderari expôs individualmente pela 1ª vez em 1963, na Galeria Gead, no Rio de Janeiro, e participou do Ateliê de Gravura do Museu de Arte Moderna em 1965. Foi aluno de Edith Behring e Roberto De Lamonica e, na década de 70, participou do Congresso da Associação Internacional de Artes Plásticas em Varna (Bulgária).

Possui obras em vários acervos Oficiais e particulares no Brasil e no exterior.

As ‘marinas’ de Calderari estão espalhadas por salas ao redor do mundo.  Há exemplares do artista no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo,  Museu de Arte do Paraná, Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado São Paulo,  Museu de Arte do Rio Grande do Sul,  Museu Skopj – Yugoslávia, além da Alemanha, Áustria, Estados Unidos, Inglaterra e Suiça. 

Sua trajetória conta com inúmeras exposições individuais e coletivas e participação na VII Bienal de São Paulo. O artirsta recebeu inúmeros prêmios, dentre eles Medalha de Bronze – Salão da Primavera, Medalha de Prata – Salão Paranaense, Medalha de Ouro – Salão da Primavera, Medalha de Ouro – Salão Paranaense,  Prêmio Especial XX – Salão Paranaense, Prêmio Universidade Federal do Paraná, Prêmio COCEPP, Prêmio na Mostra Nacional de Gravura, 1º Prêmio Salão Cidade de Porto Alegre e Prêmio do Melhor Artista Paranaense. 

Homenagens

O secretário de Comunicação Social e da Cultura, João Evaristo Debiasi, e a superintendente-geral de Cultura do Paraná, Luciana Casagrande Pereira, lamentaram nesta terça-feira (14) a morte do artista Fernando Calderari.

“A cultura do Paraná fica órfã de um dos seus maiores mestres”, disse Debiasi. 

“Calderari é inconfundível. Suas obras estão expostas nos maiores museus do Brasil e ultrapassam as fronteiras. Foi um grande paranaense e deixa um legado para a cultura do Estado”, acrescentou Luciana. “Parte o homem, permanece a obra. Nossos profundos sentimentos aos filhos e netos”.