Reprodução / TV Globo – Carli Filho se apresenta à Justiça

O Ministério Público Estadual aprovou que o ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho cumpra pena com tornozeleira eletrônica, e não preso em regime semiaberto. A aprovação veio através de um parecer apresentado na noite desta quarta-feira (29). O ex-deputado se entregou à polícia para cumprir pena em regime semiaberto na última terça-feira (28) e desde então foi para a Penitenciária Industrial de Guarapuava, na região Central do Paraná.

Segundo o parecer, assinado pelo promotor de Justiça, Luiz Hallváss, o ex-deputado não poderia cumprir a sentença a que foi condenado – sete anos e quatro meses em regime semiaberto – em um presídio. Hallváss considera que não há vagas disponíveis no semiaberto em Guarapuava. E, por isso, aponta como solução substituir o regime pelo domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica, o que é chamado de regime semiaberto harmonizado.

Carli Filho foi condenado pelas mortes de Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida, em um acidente de trânsito em 7 de maio de 2009, em Curitiba. O ex-deputado, que havia estourado o limite de pontos na carteira de habilitação, dirigia em alta velocidade e, ainda por cima, estava embriagado. Num primeiro momento, a pena prevista era de nove anos, o que obrigava o cumprimento em regime fechado. Mas os desembargadores do Tribunal de Justiça diminuíram a pena para sete anos e quatro meses, o que abria a possibilidade do ex-deputado ir direto para o regime semiaberto.

O promotor impôs a Carli Filho o cumprimento de medidas como frequentar cursos e programas oferecidos pelo Departamento Penitenciário do Paraná e comparecer periodicamente em juízo. Ainda requisitou que o ex-deputado permaneça residindo em área onde exista sinal de celular que permita monitoramento.