O Ministério Público Estadual (MPE) apresentou à Justiça denúncia contra 18 pessoas acusadas de por fraudar licitações municipais para a compra de uniformes escolares, no âmbito da operação “Cartas Marcadas”, deflagrada no início do mês. Elas são acusadas de falsidade ideológica, associação criminosa e fraudes a licitações.
De acordo com os promotores, as empresas envolvidas tinham como sócios a pessoas com ligações de amizade ou parentesco, algumas com o mesmo representante. Elas se associavam para violar o sigilo e fraudar as concorrências, agindo em pelo menos cinco estados e 17 cidades paranaenses.
A operação de busca e apreensão realizada pelo MP no último dia 9 revelou que o grupo levantava informações sobre licitações de órgãos públicos para a aquisição de uniformes escolares em todo o País através das redes sociais, e ofereciam o pagamento de propina a empresas concorrentes para não entrassem nas disputas pelos contratos. Quando isso não era aceito, as empresas do grupo faziam propostas com preços abaixo dos valores de mercado, forçando as concorrentes a desistirem. As investigações começaram após uma denúncia da prefeitura de Londrina (região Norte), sobre uma licitação de 2018. Servidores que analisaram a documentação das empresas participantes identificaram irregularidades.
A prefeitura, então, levatou que representantes de empresas diferentes estavam instaladas no mesmo endereço, configurando a associação criminosa.